A quarta edição do Future FC teve de tudo. Nocautes, finalizações, surpresas e até a presença do funkeiro MC Guimê, que debutou como córner do amigo Maciano Ferreira. Mas o maior destaque foi o jovem peso médio Wellington Turman, de 22 anos, que simplesmente não tomou conhecimento do ex-UFC Márcio Lyoto na luta principal do evento. Ele começou levando vantagem em pé e definiu no solo, com uma movimentação envolvente e um mata-leão inapelável ainda no primeiro round.
A performance irretocável rendeu a Wellington Turman o bônus de melhor lutador da noite, no valor de US$ 500 (cerca de R$ 1950), e um contrato com o LFA. Foi a 15ª vitória em 17 lutas disputadas pelo curitibano, que chegou a ser selecionado para participar do “Dana White’s Contender Series Brazil” no ano passado, mas que por problemas de visto acabou não viajando para lutar, sendo substituído, coincidentemente, por Márcio Lyoto.
Quem também carimbou o passaporte para representar o Brasil no LFA foram os veteranos Toninho Fúria e Paulo Pizzo. Pelos leves, Fúria, 30 anos e, agora, 45 lutas no cartel, se apresentou com a agressividade que lhe é costumaz e, com uma canelada impiedosa na costela, mandou o duríssimo Marcos Alemão para a lona. Com um histórico vitorioso no Kickboxing, o peso-galo Paulo Pizzo, 38 anos, usou a experiência e a potência das mãos para desligar a jovem promessa Caionã Blade. Além do contrato com o LFA, Pizzo também embolsou US$ 500 pelo prêmio de nocaute/finalização da noite.
O bônus de melhor luta da noite foi para Karol Rosa e Gisele Moreira. A luta foi uma revanche de um duelo realizado em 2017 no evento Aspera FC. Naquela oportunidade, Gisele levou a melhor por decisão majoritária. Desta vez, a história foi diferente. Foram quase três rounds de entrega de ambas as partes, mas com Karol levando vantagem e magoando a adversária. No final, quando parecia que o combate se encaminharia para uma nova decisão dos jurados, Karol aumentou a pressão nos golpes e obrigou o árbitro central a encerrar a luta, faltando poucos segundos para o fim do terceiro round. Ambas embolsaram US$ 500.
O peso leve Ednilson Cai-Cai e o peso-mosca Bruno Korea também levantaram o público. Cai-Cai, pelo nocaute espetacular aplicado em Marcos Forever, uma joelhada em pé que pegou em cheio no queixo; Korea, pela atuação quase cinematográfica contra Leandro Foguinho. O ex-TUF Brasil abriu um leque de golpes plásticos, incluindo chutes rodados e voadores, que só não definiram a luta antes dos 15 minutos pela impressionante resistência de Foguinho. No fim, vitória do atleta da TFT por decisão unânime.
O peso mosca Maciano Ferreira contou com o funkeiro MC Guimê em seu córner e até começou muito bem a luta contra Adriano Florêncio, que chegou a balançar algumas vezes no primeiro round, parecendo que o nocaute seria questão de tempo. Porém, na volta para o segundo, Florêncio se recuperou e usou o Jiu-Jitsu para se salvar. Depois de levar Marciano para o solo, ele pegou as costas e definiu com um mata-leão, para decepção de Guimê.