Carlos Diego Ferreira terá pela frente Rustam Khabilov no card preliminar do UFC Praga neste sábado (23). Para o peso leve, conquistar a quarta vitória seguida no Ultimate é chegar mais perto de um dos seus sonhos. O brasileiro revelou, em entrevista exclusiva, o desejo de comprar a casa própria e levar seus pais para morar nos Estados Unidos.
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“Além de ter a casa própria, quero conseguir trazer meus pais do Brasil pra morar comigo (nos Estados Unidos) e ter uma vida financeira melhor no futuro. Como o José Aldo conseguiu sua casa própria, viver da luta e vai conseguir se manter com os frutos que plantou. É uma coisa que eu quero e preciso conseguir da mesma forma (que Aldo) e correr atrás do que é melhor pra mim agora”, contou Diego.
Carlos terá pela frente um duro adversário que vem de seis triunfos consecutivos no UFC. Khabilov gosta de levar seus combates até o final e põe o resultado na mão dos juízes, Ferreira quer ser agressivo e impor seu jogo para vencer o russo. A estratégia do amazonense será colocar seu jiu-jítsu e wresting e assim, conseguir uma finalização.
Carlos Diego vem de três triunfos seguidos no Ultimate. Um deles foi conquistado antes de sua suspensão de dois anos por doping em 2016. Após o seu retorno em 2018, o amazonense nocauteou Jared Gordon e Kyle Nelson no UFC Austin e 231, respectivamente. Ferreira tem em seu cartel 16 combates, sendo 14 triunfos e dois reveses.
Em entrevista exclusiva, Carlos Diego Ferreira falou sobre a luta com Kabilov e seu futuro na categoria dos pesos leves do UFC.
SL: Você enfrenta o Rustam Khbilov no próximo sábado, que é um adversário que vem de 6 vitórias consecutivas em uma divisão tão disputada como o peso leve. O que você pode falar dele e qual o caminho para a vitória?
Carlos Diego: Eu acho que o caminho para vencer ele é partindo para a luta. Ser um pouco mais agressivo que ele porque ele é um lutador que gosta de lutar por ponto. Eu sou um lutador mais agressivo, sou um lutador que parte mais para a briga e eu preciso apontar o meu foco nessa parte. Sempre tentar fazer meu jiu-jítsu que é meu ponto mais forte. Buscar ficar por cima e tentar nos pontos ou procurar a finalização usando meu wrestling com meu jiu-jítsu. Preciso botar pressão porque ele é um cara que anda muito para trás. Então eu preciso estudar esse ponto e conseguir colocar meu jogo nesta direção.
SL: O peso leve é, para muitos, a categoria mais dura do UFC, com muitos atletas no alto nível. Com uma disputa tão acirrada, o que acha que precisa fazer para entrar no ranking da divisão?
CD: Eu vou lutar com o Khabilov e sei que ele tem seis vitórias, mas ele é um cara que está rankeado. Então eu acho que preciso de mais uma luta depois dessa para conseguir rankear. Eu não espero ir logo para o top 10 ou 5. Eu espero ir para o top 15 e de lá começar a lutar outros combates mais duros para conseguir chegar ao topo da categoria.
SL: Você foi suspenso por dois anos por doping devido a um suplemento contaminado. No início do ano passado, você chegou a dizer que iria processar a empresa. Como está o andamento do processo?
CD: Graças a Deus deu tudo certo, viram que eles estavam errados. O tempo que eu fiquei fora machucou bastante. Minha carreira machucou um pouco pelas coisas que eu sofri, mensagens e coisas ruins. Não consegui lutar por dois anos nem jiu-jítsu foi uma parte bastante difícil, mas graças a Deus tudo deu certo. Agora só preciso me focar no meu futuro.
SL: O Amazonas é um celeiro de grandes lutadores brasileiros no UFC. Mas quando se fala no estado, o grande público lembra do José Aldo, do Jacaré (que nem nasceu no Amazonas, mas se fez lutador lá), do Alan Nuguette e da Ketlen. O que você acha que falta para o Carlos Diego, que já tem cinco vitórias no UFC, sendo 3 seguidas, ser conhecido do grande público no Brasil?
CD: Eu gostaria de ser reconhecido pelo Brasil, mas esse não é o meu foco. Eu gostaria bastante de ter o reconhecimento do povo brasileiro porque eu amo meu país e minha cidade. No entanto, meu foco agora está nas lutas e ter minha casa própria. Fama é passageira. […] Conseguir reconhecimento é muito bom, mas não tenho foco grande nisso.
SL: Como o Carlos Diego espera que seja o ano de 2019 dele no UFC?
CD: Eu gostaria de fazer umas três lutas em 2019. O ano está começando bem com esta luta (UFC Praga), e quero fazer pelo menos outras duas. No ano passado tive somente uma luta no UFC . Quero conseguir entrar no top 10 ou 15. Para isso preciso de mais uma luta pra alcançar os lutadores top 10. Como eu passei dois anos fora do UFC e isso é uma coisa que ficou na minha cabeça por muito tempo. Eu preciso trabalhar e focar mais nessa lutas que eu tenho pela frente. Espero que neste ano eu tenha muitas glórias e vitórias.
Card completo do UFC Praga
Card Principal
Peso meio-pesado: Jan Blachowicz x Thiago Marreta
Peso pesado: Stefan Struve x Marcos Pezão
Peso meio-pesado: Gian Villante x Michal Oleksiejczuk
Peso mosca: Liz Carmouche x Lucie Pudilova
Peso galo: John Dodson x Petr Yan
Peso meio-pesado: Magomed Ankalaev x Klidson Abreu
Card Preliminar
Peso mosca: Veronica Macedo x Gillian Robertson
Peso meio-médio: Carlo Pedersoli x Dwight Grant
Peso leve: Damir Hadzovic x Marco Polo Reyes
Peso meio-médio: Michel Trator x Ismail Naurdiev
Peso pena: Daniel Teymur x Chris Fishgold
Peso leve: Rustam Khabilov x Carlos Diego Ferreira
Peso leve: Damir Ismagulov x Joel Alvarez
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