Jessica Bate-Estaca revela que precisa vender equipamentos do UFC para pagar as contas

A brasileira que se encaminha para a 14ª luta no Ultimate contou que também faz bolos para poder completar sua renda

J. Andrade vem de duas vitórias seguidas. Foto: Reprodução/Facebook UFC

Jessica Andrade fará sua 14ª luta no UFC contra Karolina Kowalkiewicz no UFC 228, em Dallas, dia 8 de setembro. Em entrevista no “Media Day”, a brasileira revelou que gostaria de esperar pelo confronto com a campeã dos palhas, Rose Namajunas, mas aceitou o combate com a polonesa porque precisa de dinheiro. ‘Bate-Estaca’ revelou que às vezes precisa vender seu equipamento do Ultimate e até faz bolos caseiros para complementar a renda.

“Eu geralmente sou uma pessoa forte e não mostro nada aos outros, mesmo que esteja passando por algumas dificuldades, nem mesmo para o meu mestre (Gilliard Parana). Eu me dou bem, Fernanda e eu, minha sogra. Às vezes, assamos um bolo e vendemos. É triste que tenhamos que vender nosso equipamento de treinamento, coisas que entramos em lutas que são uma boa lembrança do que tínhamos lá, mas depois vamos conseguir coisas novas”, disse Bate-Estaca.

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Parte da dificuldade dos lutadores é a dificuldade de patrocínios no MMA e isso ocorreu após a parceria entre o UFC e a Reebok em 2015. Desde então, a organização não permite que os atletas utilizem patrocinadores pessoais nos seus uniformes ou em faixas com essas marcas na grade do octógono. Contudo, a fornecedora paga a cada lutador, pelo uso do uniforme a cada evento.

Uma das principais reclamações da brasileira é a falta de patrocinadores interessados ​​em investir em lutadores de MMA e uma falta de interesse por parte do governo em incentivar os esportes.

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“Acho que seria ótimo se tivéssemos um incentivo maior do governo e da cidade nos esportes. Não só na luta, mas falta muito para todos os esportes. Seria ótimo se tivéssemos esse apoio das pessoas, do empresário, para dizer “vamos ajudar”. Mesmo que seja só com 500 reais, porque 500 reais faz uma diferença enorme até o final do mês”, falou Andrade.

Mesmo com as dificuldades financeiras, Bate-Estaca não reclama do pagamento que o Ultimate faz aos atletas. Em sua luta mais recente onde venceu Tecia Torres no UFC Orlando em fevereiro deste ano, a brasileira recebeu quase R$ 400mil.

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“Não tenho nada a reclamar com o UFC porque recebo muito bem no UFC. Eu acho que você é pago de acordo com o seu trabalho, e eu acho isso muito legal. É por isso que eu quero estar lutando o tempo todo, para mostrar que sou o melhor, que estou evoluindo, porque quanto mais você mostra, mais você é pago’, explicou Jéssica.

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