Khabib Nurmagomedov estava escalado para enfrentar Tony Ferguson na luta principal do UFC 223, no próximo sábado (07), em Nova York (EUA). Mas a lesão do norte-americano, faltando seis dias para o evento, forçou uma rápida mudança de planos da organização. Ainda no domingo (01), o Ultimate anunciou que o campeão dos penas Max Holloway aceitou subir de peso e disputar o título da categoria contra Khabib. A decisão do havaiano assustou Nurmagomedov, que considera que o dono do cinturão de até 65,7 kg, subiu de peso apenas pelo dinheiro.
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“Perguntei, ‘Como vão me dar este cara?’ Porque, há um mês, ele saiu de uma luta porque se lesionou, e agora ele aceita outra luta com seis dias… Não entendo. Para ser sincero, se Dana me liga e diz, ‘Você vai lutar daqui a um mês, eu não aceito. Porque eu me importo com meu legado. Não luto pelo dinheiro, não preciso lutar pelo dinheiro. Mas cada um é diferente. Ouvi dizer que Max Holloway não se importa com o cinturão, mas com o cheque, e acho que o UFC disse que ia lhe dar bom dinheiro se ele viesse”, disparou Nurmagomedov, em entrevista ao programa MMA Hour.
Khabib ainda ressaltou que apesar de Holloway poder receber um grande pagamento ao final do UFC 223, a noite será longa para o seu rival.
“Este evento vai dar um bom pay-per-view, então é claro que ele aceitaria. Mas eu o respeito, Max! Ele é campeão por um motivo, no peso pena. Ele venceu vários caras bons, Aldo duas vezes, Pettis, Jeremy Stephens, Ricardo Lamas, mas nenhum deles faz wrestling, nenhum fez wrestling como eu. Ele está num outro território, são outros animais. Ele tem um oponente jovem como ele. Aldo e Pettis já estão terminados. Ele vai enfrentar um cara jovem, faminto, maior que ele, mais forte que ele, com pressão maior no wrestling, invicto… Acho que vai ser uma noite longa para ele”, completou.
Já pensa no próximo desafio?
Khabib Nurmagomedov não esconde que se sente favorito para encarar Max Holloway no UFC 223 e conquistar o cinturão dos leves. A maior prova disso é que o russo já pensa no primeiro desafio após o evento: encarar o irlandês Conor McGregor ou o canadense Georges St. Pierre.
“Eu penso no Georges St-Pierre. Ele diz que pode bater 70 kg (limite da divisão de leves), foi campeão peso meio-médio e dos médios, então por que não? Pelo legado dele e pelo meu legado, seria muito importante. Não seria uma luta fácil para mim, e não seria para ele também. Campeão x ex-campeão. Ele é o maior atleta da história do UFC na minha opinião, dentro e fora do cage. Eu o assistia quando eu estava crescendo. Eu o respeito. Georges ou Conor McGregor, sem falar de dinheiro, qual seria mais importante para meu legado? Sem dúvida é o Georges. Vou trazer o Georges se o UFC me der a escolha. Mas 100%, o UFC vai tentar fazer eu contra o Conor McGregor. Acho que (eu contra McGregor seria) no Madison Square Garden, que é mais perto. Ele se chama de campeão, de rei, de Burger King, para mim não importa. Eu só preciso bater o peso, bater o cara e vou receber o cinturão real. Na floresta, só tem um rei, não tem rei interino. Vou pegar o cinturão e mostrar meus números: 26 vitórias e zero derrotas, 10 anos invicto, minha carreira toda, campeão absoluto e invicto”, disparou
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