Jon Jones perdeu sua primeira batalha no julgamento de doping que ele enfrenta desde o UFC 214, em julho do ano passado. Na primeira audiência na Comissão Atlética da Califórnia, entidade que sancionou o evento, o ex-campeão dos meio-pesados teve sua licença cassada e recebeu uma multa de US$ 205 mil, cerca de R$ 666 mil na cotação atual. ‘Bones’ ainda precisa aguardar o julgamento da Agência Antidoping dos EUA (USADA) e pode ser suspenso por até quatro anos.
Na audiência desta terça-feira (27), Jones adotou uma postura calma e tranquila perante os comissários. Ele voltou a se declarou inocente, porém, apenas a palavra do lutador não foi suficiente para convencer os julgadores.
“Você pode me chamar de festeiro, de estúpido, mas trapaceiro é a algo que eu nunca, jamais vou admitir. Não é quem eu sou. (…) Vocês sabem que não faz o menor sentido. Por que eu tomaria esteroides uma semana antes de lutar”, questionou Jones.
Com a decisão, Jones fica impossibilitado de lutar na Califórnia, mas a decisão deve ser seguida por todas as comissões dos EUA e pelo próprio UFC. Agora, o lutador está impossibilitado de lutar até que a USADA julgue seu caso e defina a suspensão.
Jones foi flagrado antes de sua luta contra Daniel Cormier no UFC 214. O exame apontou a presença do esteroide anabolizante Turinabol. Porém, como o resultado foi divulgado apenas após o evento, ‘Bones’ derrotou o rival, mas teve o triunfo revertido para No Contest (luta sem resultado). O julgamento do caso foi marcado para o próximo dia 27 na Comissão Atlética da Califórnia.
Antes disso, em 2016, ele foi retirado do UFC 200 e acabou suspenso por um ano após testar positivo para clomifeno, um bloqueador de estrogênio, em exame feito fora do período de competição.
Por ser reincidente, Jon Jones pode ser suspenso por até quatro anos, mas sua equipe confia que o lutador pode ser absolvido, alegando a contaminação de um suplemento.