A exemplo de praticamente todas as edições do Ultimate em Nova York, o UFC 217 também teve polêmicas com a arbitragem. E elas vieram logo na porção preliminar, principalmente nas lutas dos pesos pesados: tanto Curtis Blaydes x Alexei Oliynik quanto Walt Harris x Mark Godbeer tiveram o dedo dos árbitros centrais. Apesar disso, as preliminares foram muito disputadas, com destaque para os nocautes de Ricardo Carcacinha sobre Aiemann Zahabi e de Ovince St. Preux diante de Corey Anderson.
Fazendo a primeira luta da noite, o brasileiro Carcacinha começou bem no primeiro round, sabendo usar seus jabs para pontuar e usando a distância para se manter longe do muay thai de Zahabi. Ricardo chegou a conseguir uma queda, que lhe garantiu o assalto inicial, mas acabou dominado na segunda parcial.
O canadense Zahabi soube encontrar a distância e começou a pontuar, e dominar o brasileiro no clinch. Aiemann soltou alguns bons diretos, que não chegaram a atordoar Carcacinha, mas o deixaram em desvantagem. O irmão do técnico Firas Zahabi mantinha a dominância no round final, usando o clinch para pontuar, quando Carcacinha tirou uma cotovelada giratória da cartola, e apagou imediatamente o canadense. Após a luta, o brasileiro pediu um oponente top-10.
“Não vim aqui para ser qualquer um. Quero e vou ser campeão do UFC. Quero provar isso para vocês e preciso de um adversário top-10 na minha próxima luta para fazer isso”, se empolgou o brasileiro.
Após outras duas lutas, foi a vez de Ovince St. Preux brilhar também. Vindo de vitória por finalização sobre Yushin Okami em setembro, OSP aceitou enfrentar Corey Anderson e fazia luta equilibrada, ganhando o primeiro round por pouco e perdendo o segundo assalto, quando também soltou um golpe espetacular: um chute alto que apagou Anderson na hora. Grande nocaute para o haitiano, que se recoloca na rota pelo cinturão meio-pesado – ele já disputou o título interino, no UFC 197, contra Jon Jones e perdeu.
Na última luta da porção preliminar, mais um nocaute, desta vez por interrupção do árbitro. James Vick aproveitou sua envergadura superior e derrubou Joe Duffy no fim do segundo round e conseguiu sequência impressionante de socos até que a arbitragem parasse com um segundo faltando para o fim do assalto.
Polêmicas
Apesar dos dois grandes nocautes, o UFC 217 teve muitas polêmicas nas suas preliminares. Primeiro, no duelo entre Curtis Blaydes e Alexei Oleiynik. O russo vinha sofrendo no primeiro round, quase sendo nocauteado, quando Blaydes soltou um chute ilegal, que não pegou nele e desabou, sem condições de luta, aparentemente. O árbitro central precisou olhar o replay para checar que o golpe não tinha sido conectado e deu vitória a Curtis Blaydes.
Depois, foi a vez de Walt Harris x Mark Godbeer. Mesmo dominando a luta, Harris deu uma joelhada nas partes baixas de Godbeer. Mesmo com o árbitro central pedindo uma pausa, “Big Ticket” soltou um chute no rosto do inglês, que caiu quase nocauteado e sem condições de continuar. Desta vez, a arbitragem foi dura e desclassificou Harris, dando o triunfo a Godbeer.
UFC 217
CARD PRELIMINAR
Peso leve: James Vick venceu Joe Duffy por nocaute técnico aos 4m59s do R2
Peso pesado: Mark Godbeer venceu Walt Harris por desqualificação no R1
Peso meio-pesado: Ovince St. Preux venceu Corey Anderson por nocaute a 1m25s do R3
Peso meio-médio: Randy Brown venceu Mickey Gall por decisão unânime (29-28, 29-28, 29-27)
Peso pesado: Curtis Blaydes venceu Alexey Oliynyk por nocaute técnico a 1m56s do R2
Peso galo: Ricardo Carcacinha venceu Aiemann Zahabi por nocaute a 1m15s do R3