Não é exagero dizer que o sonho de todo lutador é atuar em casa, diante da sua própria torcida. No entanto, o carioca Thiago Marreta, que enfrenta Jack Hermansson no UFC São Paulo, no próximo sábado (28), foge um pouco à regra. Embora ressalte que gosta de atuar em solo brasileiro, o peso médio não faz questão de esconder que sua preferência é atuar em eventos no exterior, mas por um motivo em especial: representar a bandeira do Brasil.
“Como quem me conhece sabe, eu fui militar, servi durante sete anos, então quando eu vou lutar lá fora me da uma empolgação a mais, parece que vou representar meu país, sabe? Levar a bandeira do país lá fora, ir para uma missão. Eu fico mais empolgado com isso, mas é sempre bom lutar aqui (no Brasil) também. Eu lutei em Curitiba (no UFC 198) e, para mim, foi o mais emocionante em termos de torcida e público, não tem nem comparação, para mim foi o melhor. Eu também gosto de lutar aqui no Brasil, mas o detalhe é só esse mesmo… um desafio a mais. Sou motivado a desafios, parece que estou indo para uma guerra, para uma batalha”, declarou em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS.
Inicialmente, os planos da organização em relação ao futuro de Marreta eram outros. Escalado para fazer a luta principal do UFC Polônia, que aconteceu no último sábado, dia 21 de outubro, Thiago viu a oportunidade de protagonizar um evento escapar após Michal Materla não aceitar o combate, obrigando, assim, o brasileiro ser reagendado em outro card. Apesar da ‘frustração’, o atleta garante que o assunto é pagina virada.
“Eu fiquei um pouco triste, seria o meu primeiro main event. Eu estava muito feliz, treinando para cinco round, super empolgado… e acabou que meu adversário não assinou o contrato, não quis lutar. Mas eu não tenho que reclamar, tenho que agradecer meus empresários e o UFC pela oportunidade de terem me colocado para lutar no UFC São Paulo, apenas uma semana depois da data que eu lutaria. Não tive que interromper meu camp de treinamentos, só dei uma continuidade, isso é muito importante. (…) Estou muito feliz de estar lutando aqui”, falou Marreta, que revela a expectativa por uma nova chance de liderar um futuro card no UFC.
“Eu espero que sim. Primeiro tenho que pensar nessa luta, o importante é vencer o Jack, que é um lutador duríssimo. Passando, espero ter uma oportunidade de chegar a fazer um main event”.
Quando questionado sobre o próximo desafio, Marreta, que conta com nove nocautes no currículo, seis deles no Ultimate, acredita que Hermansson evitará entrar o jogo de trocação. Segundo ele, a disputa tem tudo para ser movimentada e bastante estudada.
“Ele é um cara que se movimenta bastante, o que não é comum entre os pesos médios. Ele tem esse diferencial, algo que eu também tenho, que é me movimentar bastante, trocar de base… ele faz isso muito bem, também. A gente acha que vai ser uma luta bastante movimentada, como um jogo de xadrez, os dois tentando achar a distância. Ele pode até trocar um pouco, mas acho que a intenção dele é botar para baixo e tentar usar o ground and pound, trabalhar a luta de solo”, concluiu.