Inicialmente fora do card do UFC São Paulo, que acontecerá neste sábado (28), o meio-médio Vicente Luque viu a oportunidade cair no seu colo com apenas 22 dias de antecedência, em virtude de uma lesão do compatriota Luan Chagas, que foi retirado da luta contra Niko Price. Apesar do pouco tempo de preparação, o ‘Assassino Silencioso’ não pensou duas vezes em aceitar o convite do Ultimate. Segundo ele, o ritmo intenso de treinamentos o deixa apto a aceitar um confronto mesmo sem um camp completo.
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“Hoje em dia eu estou fazendo isso (aceitar luta em cima da hora) porque me mantenho sempre em um ritmo muito bom nos treinamentos. (…) Eu procuro me manter sempre bem treinado, praticamente como se eu sempre estivesse em camp, não com a intensidade tão alta para não ter lesão, mas com um intensidade que com duas ou três semanas eu consiga pegar uma luta, incluindo o peso que eu tento manter em uma faixa que não vá ser muito desgastante para perder”. declarou o lutador em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS.
Quando questionado sobre o jogo do oponente, Luque foi na contramão de grande parte dos lutadores da atualidade e preferiu exaltar as qualidades de seu oponente, que está invicto em 11 lutas profissionais no MMA. Para o brasileiro, o segredo é não deixar Price se sentir à vontade dentro do octógono.
“O Price está invicto, isso já mostra que é um cara de qualidade. Eu o vejo como um cara agressivo, que vem para frente, que sempre tenta terminar suas lutas. E ele é completo, luta tanto em pé como no chão, está sempre preparado. E meu estilo não é diferente disso, então a principal estratégia é impor o meu jogo, colocar pressão e deixar ele desconfortável”, falou Vicente, que completou revelando que pretende manter a luta na trocação.
“Inicialmente é sempre em pé (minha primeira opção), porque eu venho da trocação e a luta começa sempre em pé, mas no decorrer da luta a gente vai vendo o que acontece. Eu sempre falo que o chão é algo que nunca vou excluir do meu jogo, eu tenho finalizações boas, então sempre estou treinando. Digamos que é o plano B, se aqui não está dando certo, ou eu achar que vou ter mais facilidade se levar para o chão… o que eu quero é sempre acabar a luta”.
Em sua última atuação, em março deste ano, Luque teve uma sequência de quatro triunfos interrompida por Leon Edwards, que o bateu na decisão unânime dos juízes. O revés recente o afastou momentaneamente do top 15 dos meio-médios, mas ele já mira dois nomes que podem o recolocar em destaque na categoria até 77kg.
Nome, exatamente, eu ainda estou decidindo se vou desafiar alguém no sábado, mas eu quero alguém do top 15. Se não vier, eu não recuso luta, enfrento quem eles oferecem, mas eu quero os melhores trocadores, quero mostrar que eu sou o melhor trocador da categoria. Dois caras que eu sempre quis lutar: um é o (Donald) Cerrone, que eu quase tive uma oportunidade de lutar com ele em Nova York, é um cara que eu gostaria muito de enfrentar, e o outro é o Darren Till, que mostrou em sua última luta contra o Cerrone a qualidade dele. É um cara que eu admiro a luta dele em pé, eu me sinto desafiado, gostaria de enfrentar ele pelo desafio”, concluiu.
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