Darren Till é, definitivamente, um nome a ser olhado com mais atenção pelos fãs de MMA. Não só pelas mãos habilidosas e potentes que nocautearam Donald Cerrone no último sábado (21), na luta principal do UFC Polônia, mas também pelas declarações fora do octógono. Sempre confiante, o inglês radicado no Brasil deixou toda a modéstia de lado ao ser perguntado sobre quem é o melhor lutador do mundo na atualidade.
“Acho que sou o lutador mais forte e mais inteligente dentro do octógono. Sou o melhor do mundo. As pessoas me viram levando chutes nas pernas na minha última luta e acharam que era uma fraqueza minha. Eles erraram. Eu determino o ritmo das minhas lutas. Eu sou maluco, desde criança, quando uma luta aparecia na minha frente, eu não queria saber de mais nada. Eu não ia para a escola, eu não estudava. Só queria lutar. Vão para a escola, crianças… (risos)”, declarou em entrevista logo após o triunfo recente.
Quando o assunto foi se Till se inspirava em outro lutador, o europeu novamente exalou confiança em seu potencial. Embora tenha elogiado o compatriota Michael Bisping, o atleta da Astra Fight Team garantiu que não se espelha em nenhuma outra pessoa, apenas em sua própria trajetória.
“Não me inspiro em ninguém, e não tenho heróis. Eu me inspiro em mim mesmo. Mas eu respeito Michael Bisping. Tudo o que ele fez no esporte merece o meu respeito. Mas ele não me inspira. Ninguém me inspira, só eu mesmo. As coisas acontecem quando você acredita em si mesmo e no seu time, e eu acredito tanto em mim quanto no meu time. Vamos ver o que acontece no ano que vem, mas se o UFC quiser que eu lute em dezembro, estou pronto. Já me disseram que eu seria um dos dois melhores novos nomes do MMA europeu, e hoje eu sou”, falou Darren, que completou agradecendo Cerrone por ter aceitado enfrentá-lo em Gdansk.
“Tenho muito o que agradecer a Donald Cerrone. Ele poderia ter recusado essa luta, por não me conhecer e eu não ser famoso. Mas ele aceitou a luta contra um cara de 24 anos, mais novo e mais faminto que ele. Esse cara luta contra qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar, e teve muita coragem de me enfrentar. Tenho o máximo respeito por ele. Mas, com todo o respeito que Donald Cerrone merece, eu não achei a luta contra ele difícil. Ele acertou alguns chutes na minha perna porque esse era o meu plano. Contra Bojan Velickovic, eu deixei que isso acontecesse. Contra Cerrone, não. Eu quis que ele viesse para estabelecer o meu ritmo de luta. Todas as vezes que ele me chutou, eu encaixei um soco. Era isso que eu queria que acontecesse”, concluiu.
Darren Till, de apenas 24 anos, ainda não sabe o que é perder na carreira. Natural de Liverpool e radicado em Balneário Camboriú, ele soma 16 vitórias e um empate como profissional. No UFC são cinco lutas, com uma igualdade e quatro triunfos.