Sem lutar desde agosto de 2016, Carlos Condit teve recentemente seu retorno agendado para o UFC 219, dia 30 de dezembro, quando enfrentará Neil Magny. Contudo, sua volta ao octógono era uma incógnita, uma vez que o próprio lutador considerava a possibilidade de pendurar as luvas. Sincero, o ex-campeão dos meio-médios admitiu que, embora ainda ame lutar, o fator financeiro foi um dos principais fatores para descartar a aposentadoria.
“Honestamente, eu não sabia (se voltaria a lutar). Refleti bastante, fiz alguns treinos esporádicos na academia para avaliar como estou em relação a outros competidores. Durante muito tempo, não sabia qual seria o meu futuro no esporte. (…) Muitos fatores contribuíram para que eu decidisse voltar. Eu ainda amo lutar, amo treinar, amo todo o processo e os meus companheiros de equipe. E, honestamente, tem uma parcela financeira também. Isso é o que eu sei fazer, não fiz faculdade. Não tenho muitas opções no meu plano B. Preciso alimentar minha família e pagar minhas contas”, declarou, em entrevista ao programa ‘The MMa Hour’.
Há 24 meses sem pisar no octógono, Condit admite que o tempo inativo se deve muito a derrota sofrida diante de Demian Maia, quando foi finalizado em menos de dois minutos. Para ele, o revés foi um baque muito grande, especialmente pela maneira rápida que aconteceu.
“De fato, eu fiquei muito desapontado na época, literalmente me sentindo para baixo. Sou um cara competitivo e me senti bem mal após a derrota para o Demian. Em outras derrotas que tive no UFC, eu fui lá, lutei e proporcionei um bom show. Mas naquela luta eu não consegui fazer isso”, concluiu.
Campeão interino da divisão até 77kg em 2012, Condit, de 33 anos, não atravessa boa fase, tendo perdido três das últimas quatro lutas, incluindo uma disputa pelo cinturão dos meio-médios contra o ex-campeão Robbie Lawler. Seu último triunfo foi em maio de 2015, quando nocauteou o brasileiro Thiago Pitbull no UFC Goiânia. No Ultimate desde 2009, ele soma sete vitórias e seis derrotas na organização.