Sem lutar desde dezembro de 2016, quando perdeu o cinturão para Cody Garbrandt, Dominick Cruz teve, na última semana, seu retorno ao octógono anunciado oficialmente: ele enfrenta Jimmie Rivera no UFC 219, dia 30 de dezembro. No entanto, engana-se quem pensa que o ex-campeão dos galos ficou contente com a situação.
Embora reconheça as qualidades de seu próximo oponente, Cruz, que admite que esperava voltar lutando pelo título, reclama da falta de ‘status’ de Rivera, que, segundo ele, é desconhecido do grande público.
“Ele (Rivera) pode lutar bem, nunca disse que não poderia. Essa nunca foi a questão, mas sim, quem conhece Jimmie Rivera? E quem me conhece, quem conhece o Cody ou o TJ? Quer dizer, trabalhei para que as pessoas assistissem Cody e TJ, e ninguém sabe quem é Jimmie Rivera. Ele teve grandes lutas, não me importo em lutar com ele. Está entre os melhores da divisão, não há nada que não conheça desse cara. Estou bem preparado, já lutei com muitos caras do tamanho dele e esse é um trabalho que gosto. Pode não ser a melhor decisão para o Dominick Cruz, mas é para os negócios do UFC”, declarou, em entravista ao programa ‘MMA Hour’.
Cruz também não escondeu seu descontentamento com Sean Shelby, matchmaker do UFC e responsável por casar as lutas. Com um tom irônico, o lutador afirma que Shelby é o grande ‘rei’ da divisão dos galos, uma vez que o mesmo é quem decide o futuro dos atletas.
“Acontece que eu não sou o rei dos pesos galos, nem o Cody Garbrandt. Sean Shelby que é e ele toma as decisões de quem luta com quem. Ele me disse que, se eu não lutasse contra o Jimmie Rivera, ele iria marcar Rivera x Assunção, e eles teriam uma disputa de cinturão, não eu. Acabariam me dando como adversário o perdedor de Cody x TJ. Então, Sean Shelby é quem toma as decisões, e eu apenas escuto. Durante a minha carreira, nunca discuti as decisões, nunca disse que isso ou aquilo não está certo. Não reclamo, gosto de lutar, quero lutar e essa é o próximo passo para que eu dispute o título novamente”, concluiu.