A notícia de que Tony Ferguson e Kevin Lee irão disputar o cinturão interino dos leves no UFC 216, dia 7 de outubro, em Las Vegas (EUA), não agradou o brasileiro Leonardo Santos. O atleta da Nova União, inclusive, foi o último a derrotar Lee – em dezembro de 2015, Léo nocauteou o norte-americano ainda no primeiro round. De acordo com o carioca, o fato do rival estar disputando o título é uma ‘palhaçada’.
“Vou ser sincero. Mérito dele, mas é uma grande palhaça ele estar lutando pelo cinturão interino. Estou com cinco vitórias no UFC, não perdi ainda, e não me colocaram nem no top 10. Aí o pessoal fala que o Kevin Lee lutou mais vezes, beleza, mas depois que perdeu para mim lutou três vezes e entrou no top 10. O (Francisco) Massaranduba fez sete lutas, não tinha perdido para ninguém, e foi até 12° só. Quando eles querem botar alguém lá em cima, eles colocam e f***, a gente que tem que se virar. Mérito dele, tem ganho as lutas, parabéns, mas também acho que merecia estar no top 10, lutando com um top 10. Desafiei o (Mike) Chiesa na mesma época que ele desafiou, aí o UFC falou que o Chiesa já estava com luta marcada, e olha que o Kevin Lee não tinha nem lutado ainda com o Massaranduba (…). Depois que o Kevin Lee lutou com o Massaranduba, aí lançou três semanas depois Chiesa x Kevin Lee. Que p*** é essa? Não dá para entender”, declarou, em entrevista ao site do canal Combate.
Desde que bateu Lee, Santos atuou apenas uma vez, na vitória sobre o compatriota Adriano Martins. Kevin, por sua vez, engatou cinco vitórias consecutivas. Para Léo, isso se deve a uma suposta ‘proteção’ da organização para com o rival, uma vez que o brasileiro garante estar sendo injustiçado por ainda não ter entrado no ranking dos leves.
“Eles estão protegendo uns caras, essa é a grande verdade, e estou aí esperando, pedindo um top 10 há séculos e não me colocam, colocam a galera de baixo e meu nome não sobe. Aí o pessoal quer inventar desculpa: “Poxa, o Léo não luta tanto”. O Al Iaquinta ficou dois anos sem lutar e ficou no top 10 um tempão. O Gilbert Melendez ficou um ano sem lutar e ficou no top 10. Então, isso é a maior palhaçada. (…) O UFC está me f***. Ia lutar em junho, aí foi cancelado e me retiraram (do card). A gente perguntou o que eles iam fazer, se iam contratar alguém para lutar comigo, e eles falaram que não iam contratar ninguém. Iam procurar alguém que estivesse sob contrato, e aí ninguém aceitou lutar com duas semanas. Eles me prometeram colocar em julho, aí quando cobramos disseram que o evento estava cheio, e estamos esperando. Vamos ver o que vai acontecer agora. Espero lutar em novembro ou dezembro, pelo menos esse ano tenho que lutar ainda, pelo amor de Deus”, concluiu o lutador.
Campeão do TUF Brasil 2, Léo Santos está invicto no Ultimate, com cinco vitórias e um empate. Com uma sequência de quatro resultados positivos, atuou pela última vez em outubro de 2016, quando derrotou Adriano Martins por pontos no UFC 204. Aos 37 anos, seu cartel tem 16 triunfos, três reveses e um empate.