Fabrício Werdum está inconformado com a derrota sofrida para Alistair Overeem no UFC 213, realizado no último sábado (08), em Las Vegas (EUA). Após ver dois dos três juízes marcaram a vitória por 29×28 para o holandês e, consequentemente, perder na decisão majoritária, o brasileiro prometeu recorrer para tentar alterar o resultado do combate, que, segundo ele, foi equivocado.
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“Eu acho que ganhei o primeiro round por uma pequena vantagem. Eu troquei muito mais, procurei a luta, corri atrás para que ela acontecesse. Se dependesse do Overeem, ficaríamos parados, um olhando para a cara do outro. Tive que tomar a iniciativa. Na hora do descanso, o mestre Rafael Cordeiro falou: “Werdum, ganhamos o primeiro, mas é para se movimentar mais, colocar mais o ritmo”. No segundo, puxei duas vezes para a guarda, ele acertou mais golpes naquele momento, acho que ganhou o segundo. No terceiro, eu venci claramente. Eu procurei a luta o tempo inteiro, dei o ritmo. Botei para baixo, dei o knockdown. Quem chegou mais perto da vitória fui eu. Ele chegou a cair. Foi o que eu vi, o que todo mundo viu. O que estou recebendo de mensagens… Vou entrar com recurso, não digo roubo, em nenhum momento disse isso. Erros acontecem, é normal. Não só no mundo do MMA, em tudo. Quantas vezes vimos resultados assim em outros esportes? Aconteceu um erro. A Comissão de Nevada deu essa oportunidade aos atletas de recorrerem, então vou recorrer. É um direito. É um resultado importante para mim, vou correr atrás disso. Não quero dizer que me roubaram ou coisa assim, quero deixar bem claro, mas enganos acontecem. Os juízes não viram a mesma luta. Não é perseguição, uma coisa comigo. Acontece, mas vamos ver se consertamos isso”, declarou Fabrício, em entrevista ao site ‘Combate.com’.
Questionado sobre o fatídico lance no terceiro round, quando optou por derrubar Overeem ao invés de seguir golpeando o rival, que estava drogue e acuado contra a grade, Werdum explicou que seguiu a estratégia traçada para a equipe. De acordo com o lutador, o plano era balançar o rival em pé e levar a luta para o chão.
“Eu não continuei a bater em pé porque estava seguindo a estratégia toda que havíamos feito. Acertei aquele um, dois e uma joelhada, no terceiro round, fizemos no vestiário. E realmente aconteceu na luta. Não continuei batendo porque sempre sigo meus professores. Se eu batesse e não nocauteasse em pé, falariam: “Por que não botou para baixo, já que você é do jiu-jítsu?” Sempre tem as pessoas falando alguma coisa. Eu segui a estratégia, no momento que se encolhesse, ia botar para baixo. E foi o que fiz”, disse ‘Vai Cavalo’, que concluiu afirmando que pretende voltar a lutar ainda em 2017.
“Quero lutar o quanto antes, pretendo lutar em novembro. Não quero ficar muito tempo sem lutar. Quero fazer duas ou três lutas por ano. Quanto mais luta, mais confiança, mais experiência. Três por ano é perfeito. Não tive nenhuma lesão grave. Tenho que tirar meu tempo, umas férias, cumprir os seminários, palestrar e presenças… Aproveitar o momento para fazer isso.”
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