Johnson desabafa, detona o UFC e diz ser menosprezado por Dana White

Campeão mais dominante da história do UFC, Demetrious Johnson revelou relação conturbada com os patrões

Johnson deu declaração polêmica contra patrões do UFC (Foto: Facebook/UFC)

Johnson deu declaração polêmica contra patrões do UFC (Foto: Facebook/UFC)

Em abril deste ano, após finalizar Wilson Reis no UFC Kansas City, o peso mosca Demetrious Johnson igualou o recorde de Anderson Silva e se tornou o campeão mais dominante da história do Ultimate, com dez defesas de cinturão consecutivas. Apesar dos feitos históricos, a relação de DJ com os patrões não é nada boa. De acordo com o lutador, Dana White, presidente da organização, e Sean Shelby, matchmaker da franquia, têm o pressionado para aceitar lutas que ele não concorda, ameaçando, inclusive, a nunca mais colocar o campeão para lutar em evento com pay-per-view.

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“Mick Maynard, matchmaker do UFC nos pesos-moscas e galos, me ligou e ofereceu uma luta contra Ray Borg. Mas disse que Sergio Pettis era um nome mais comercializável, além de vir de uma série de vitórias maior. Mick levou a proposta ao Dana, que negou e disse que eu não tinha escolha: seria Ray Borg. Era determinação de Dana, da empresa e minha única chance de ter PPV nos pesos-moscas. Aceitei, mas não achei justo isso, já que Cody Garbrandt tem dito que quer descer de divisão e lutar pelo título, combate que eu aceitaria. Avisei ao Mick que aceitava enfrentar com Ray Borg, mas queria mais lutas em PPV. Dana e Sean Shelby responderam que me negariam todas as lutas de PPV nos moscas, não me dando outra escolha. Mesmo com tudo isso, decidi aceitar a luta com Ray Borg e engolir a situação injusta e tratamento desprezível de Dana e Sean comigo. Eu queria um motivo para não me darem lutas de PPV no futuro. Sean Shelby me chamou e disse que lutadores menores não vendem e que uma luta contra Cody não seria vendável. Discordei e acho que este seria um combate de apelo popular com um pequeno esforço do marketing da empresa”, desabafou Demetrious, em entrevista ao site ‘MMA Fighting’.

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Nas últimas semanas, Johnson desagradou à companhia por recusar um confronto contra TJ Dillashaw, ex-campeão dos galos. Contrariado, o lutador explicou as razões pela qual não aceitou o duelo.

“Quando o Cody machucou as costas, a luta com o Ray Borg caiu e Dana queria que eu lutasse com TJ Dillashaw. Eu discordei por muitas razões: 1) TJ nunca lutou nos moscas e é improvável que ele consiga bater o peso. 2) Eles disseram que uma luta com Cody não seria vendável, então por que um duelo com TJ seria? 3) Dillashaw não é peso-mosca nem campeão de divisão, inclusive, sendo nocauteado por um cara (John Dodson) que venci duas vezes. 4) Ray Borg e eu já tínhamos concordado com a luta, que o UFC exigiu ditatorialmente, enquanto me negava lutas de PPV”, detalhou DJ, que completou.

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“Minhas razões deixaram Dana com raiva. Ele disse que eu vou lutar com TJ, mais uma vez sem me dar outra opção, e que se eu insistisse com Ray Borg, ele iria acabar com a divisão dos pesos-moscas do UFC. Afirmou que eu estava tirando uma oportunidade do TJ. Desculpe, mas essa é a minha carreira. Não estou aqui para fazer amigos. No dia seguinte, Dana White disse, através da imprensa, que eu estava louco e que não queria lutar contra o Dillashaw, numa óbvia tentativa de me intimidar na mídia e manchar minha reputação. Não tenho nada contra o TJ, mas acho que ele deve lutar nos moscas uma vez e provar que pode bater o peso”.

Para finalizar, Demetrious criticou a maneira que o UFC propôs o duelo contra Dillashaw. Para Johnson, apenas uma boa garantia financeira o faria enfrentar TJ, ideia prontamente negada pela companhia.

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“O UFC queria me obrigar a enfrentar o TJ e eu disse que, se ele não chegasse ao peso exigido para os moscas, que a luta caísse e eu teria garantido o pagamento do Dillashaw. Seria o mais justo. Mas eles disseram que Ray Borg estaria no card para substituir TJ, se houvesse necessidade. Então, pra quem eu treino? Esse é um evento profissional ou um amador, que eu descubro com quem vou lutar só na hora? Óbvio que não existia garantia e eles só queriam me obrigar a fazer algo que não era bom para minha carreira. O fato de Ray Borg ser um “step” mostra a falta de respeito que eles têm com a nossa preparação para uma luta nesse nível. Eles querem que eu lute com o TJ sem garantia alguma. Isso é típico das promessas não cumpridas e do bullying que sofri minha carreira inteira no UFC”, concluiu.

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