Glover busca vitória contra Gustafsson para ter nova chance por cinturão

A. Gustafsson (esq) e G. Teixeira (dir) se encaram (Foto: Reprodução/Facebook UFC)

Glover Teixeira tem uma dura missão no UFC Suécia, evento que acontece neste domingo (28), a partir das 11h da manhã. O brasileiro enfrenta Alexander Gustafsson, ‘dono da casa’ e e um dos melhores atletas do mundo até 93 kg. Zebra nas casas de aposta, Glover confia na mão pesada para surpreender o sueco e “bagunçar” a divisão de meio-pesados e ter uma nova chance pelo cinturão da categoria.

Além de Glover, o Brasil terá mais dois representantes no programa de lutas do UFC Suécia: o peso galo Pedro Munhoz e o peso leve Netto BJJ. Vindo de duas vitórias seguidas, Munhoz enfrenta Damian Stasiak, polonês que tem a mesma sequência de triunfos. Já Netto pega o iraniano radicado na Suécia Reza Madadi.

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Luta principal

Vindo de importante vitória sobre o perigoso Jared Cannonier no UFC 208, Glover Teixeira tem a oportunidade de se recolocar no topo da divisão de meio-pesados e muito perto de uma nova luta pelo cinturão. O brasileiro já teve sua oportunidade, no UFC 172, mas acabou dominado pelo então campeão Jon Jones, que volta a disputar o cinturão no UFC 214, contra o atual dono do título, Daniel Cormier. Se DC mantiver o título e Teixeira superar Gustafsson, tudo indica que o brasileiro será o próximo desafiante.

Para vencer o sueco, porém, o brasileiro terá que usar toda a sua experiência. Um dos atletas mais altos de todo o UFC, Gustafsson sabe como poucos usar a envergadura e manter a distância. Foi assim que ele ficou a poucos minutos de superar Jon Jones, no UFC 165. Um revés para Anthony Johnson não deteve o sueco, que teve nova chance pelo cinturão contra Cormier. No entanto, ele acabou superado novamente nos detalhes e só fez uma luta desde então – vencendo Jan Blachowicz por decisão.

Porém, a falta de renovação da divisão mantém Gustafsson como um dos nomes relevantes, mesmo fazendo apenas três lutas desde o começo de 2015. O sueco é o número um do ranking dos meio-pesados, enquanto Glover é o segundo colocado. O brasileiro, que se recuperou bem do revés arrasador para Anthony Johnson com o triunfo sobre Cannonier, parece mesmo estar a uma luta do cinturão.

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Netto BJJ (foto) enfrenta Reza Madadi (Foto: Reprodução/Facebook UFC)

O brasileiro Pedro Munhoz chegou ao UFC com o peso de ser um ex-campeão do RFA, evento norte-americano que revela lutadores para o Ultimate com regularidade. Na nova casa, acabou estreando com derrota para Raphael Assunção, um dos melhores galos do mundo. Seu único outro revés na companhia foi para Jimmie Rivera, outro integrante do topo do ranking até 61 kg. Vindo de duas vitórias seguidas e na 12ª posição do ranking da divisão, Munhoz sonhava com outro oponente ranqueado.

Porém, precisou se contentar com Damian Stasiak, que tem apenas três lutas no UFC, com duas vitórias e uma derrota. Para garantir que merece um adversário do top-10, o brasileiro terá que vencer e vencer bem. Treinando na Black House, Munhoz é o maior favorito de todo o evento, segundo a Marsbet.

O outro brasileiro que entrará em ação no UFC Suécia é Joaquim Neto BJJ. Invicto até aqui no MMA, ele enfrenta Reza Madadi, substituto de Mairbek Taisumov, oponente original do brazuca. Neto vem de vitória arrasadora, em apenas 34 segundos, sobre o perigoso Andrew Holbrook, mas não luta desde o meio do ano passado.

Madadi, que é atleta da casa e treina com Lina Lansberg, perdeu para Joseph Duffy em março deste ano por decisão, então está com mais ritmo de luta. O brasileiro, porém, é favorito, pois teve um camp normal para o duelo, enquanto Reza Madadi entrou de última hora.

Cirkunov x Oezdemir

V. Oezdemir (esq) e M. Cirkunov (dir) se enfrentam (Foto: Reprodução/Facebook UFC)

Apesar de não serem nomes tão conhecidos do grande público, a qualidade de Volkan Oezdemir e Misha Cirkunov é indiscutível. Afinal, os dois estão no top-10 do ranking do UFC, em quinto e sétimo, respectivamente.

A ascensão de Oezdemir, em especial, é impressionante – chegou ao top-5 com apenas uma luta no Ultimate. O triunfo por decisão sobre Ovince St. Preux foi o suficiente para colocá-lo perto do topo. OSP havia disputado o cinturão interino contra Jon Jones no UFC 197 e sua derrota foi considerada uma zebra.

Já Cirkunov tem uma estrada maior no UFC. Na organização, são quatro lutas e quatro vitórias, com três finalizações e um nocaute. Alex Nicholson e Nikita Krylov são algumas das vítimas do letão, que teve problemas para renovar com o Ultimate e quase acertou com o Bellator.