Cinco motivos para assistir o UFC 210 neste sábado

Comier (esq.) e Johnson (dir.) fazem luta principal do UFC 210. Foto: Josh Hedges

Comier (esq.) e Johnson (dir.) fazem luta principal do UFC 210. Foto: Josh Hedges

O Ultimate desembarca em Buffalo (EUA), neste sábado (8), para o UFC 210. Na luta principal da noite, Daniel Cormier coloca seu cinturão em jogo contra Anthony Johnson, que terá pela segunda vez a oportunidade de chegar ao lugar mais alto da categoria. O duelo trata-se de uma revanche, já que o atual campeão já venceu o desafiante em 2015, no UFC 187.

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O evento contará ainda com a participação dos brasileiros Thiago Pitbull e Charles do Bronx, que buscam retornar ao caminho das vitórias.

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Na segunda luta mais importante da noite, o ex-campeão peso médio Chris Weidman tenta encerrar a má fase de duas derrotas seguidas contra o embalado Gegard Mousasi, que vem de quatro triunfos consecutivos. Ainda no card principal, os brasileiros Thiago Pitbull e Charles do Bronx entram em ação contra Patrick Côté e Will Brooks, respectivamente.

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Para você entrar no clima do UFC 210, o SUPER LUTAS preparou cinco motivos para você assistir o evento.

1 – Cormier x Johnson valendo cinturão – Parte 2

D. Cormier (esq) encara A. Johnson (dir) antes da revanche (Foto: Josh Hedges/UFC)

Desde que Jon Jones foi flagrado em um exame antidoping e retirando de cena, o protagonismo da categoria dos meio-pesados passou a ser dividido entre dois nomes: Daniel Cormier e Anthony Johnson, que já se enfrentaram em maio de 2015, quando o atual campeão levou a melhor e finalizou no terceiro round. Agora, passados 23 meses, a dupla volta a se encontrar para definir, mais uma vez, quem é o melhor do mundo até 93kg. A disputa, inclusive, poderia ter acontecido em dezembro passado, mas uma lesão de DC adiou os planos.

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Desde que conquistou o cinturão, Cormier subiu no octógono apenas duas vezes, tendo realizado uma única defesa de título. O combate em questão foi contra Alexander Gustafsson. Após 25 minutos de bastante emoção e equilíbrio, Cormier garantiu o posto de número 1 na decisão dividida dos juízes. Na sequência, Daniel esteve perto em duas ocasiões de realizar a aguardada revanche contra Jon Jones. Primeiro no UFC 197, mas uma nova lesão o impediu de atuar, e depois foi a vez do rival abandonar o barco faltando apenas três dias para a luta, sendo substituído por Anderson Silva, a quem Cormier derrotou sem muitas dificuldades.

Johnson, por sua vez, se manteve mais ativo que o oponente, tendo entrado em ação em três oportunidades. O desfecho foi o mesmo em todas as oportunidades: oponentes nocauteados – Jimi Manuwa, Ryan Bader e Glover Teixeira, respectivamente. Em seu último desafio, inclusive, precisou de apenas 13 segundos para apagar o brasileiro com um único golpe, reafirmando seu status de um dos lutadores mais perigosos do mundo. Neste sábado, terá uma segunda chance de provar que não é um ‘homem do quase’, e pode, sim, chegar ao lugar mais alto do pódio.

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2 – Fases opostas, objetivo único

Weidman (esq) e Mousasi (dir) de olho no cinturão dos médios (Foto: UFC/ Super Lutas)

Há pouco mais de um ano, as realidades de Chris Weidman e Gegard Mousasi eram completamente opostas as que vivem hoje. O primeiro ainda reinava na categoria dos médios, enquanto o segundo vinha de uma derrota frente ao superestimado Uriah Hall. Hoje, no entanto, o cenário se inverteu.

Atravessando a pior fase da carreira, Weidman não sente o sabor da vitória desde maio de 2015, quando nocauteou Vitor Belfort no UFC 187. De lá para cá, perdeu sua invencibilidade e foi nocauteado em duas oportunidades: contra Luke Rockhold, quando foi destronado, e frente a Yoel Romero, em novembro passado. Um terceiro tropeço seguido coloca a credibilidade do ‘All American’ em xeque, portanto voltar a vencer é essencial se o carrasco brasileiro ainda quiser se manter relevante na elite.

Mousasi, por sua vez, vive um momento mágico. Desde que foi surpreendido por Hall, emplacou quatro resultados positivos: Thales Leites, Thiago Marreta, Vitor Belfort e se vingou do ‘Homem Ambulância’. O detalhe é que do quarteto, apenas Thales sobreviveu durante os 15 minutos. Aos 31 anos, o armênio-holandês tem a chance de mostrar que pertence à nata do peso, fazendo valer, enfim, toda a expectativa criada em torno de seu nome.

3 – Thiago Pitbull em busca de recuperação

Pitbull vem de duas derrotas consecuitvas. (Foto: Buda Mendes/ UFC)

Um dos brasileiros mais experientes atuando no Ultimate, Thiago Alves, o Pitbull, está longe de ser o lutador que há quase oito anos teve a oportunidade de conquistar o título mundial dos meio-médios, quando foi derrotado por Georges St. Pierre no UFC 100. Hoje a realidade é outra, e o cearense luta para voltar a ser relevante até 77kg.

Com duas derrotas consecutivas para Carlos Condit e Jim Miller (como peso leve), Pitbull não sabe o que é vencer desde janeiro de 2015. Na ocasião, nocauteou Jordan Mein e, consequentemente, deu indícios de que poderia reconquistar o brilho do passado. No UFC desde 2005, o currículo é recheado com 13 resultados positivos e oito negativos, sempre chamando atenção pelo muay thai afiado e estilo agressivo.

Para voltar ao caminho das vitórias, terá que superar outro veterano e ex-desafiante: o canadense Patrick Côtê, que também busca dar a volta por cima, após ser nocauteado por Donald Cerrone no ano passado. Na teoria, o confronto tem tudo para ser empolgante para os fãs, e deve definir quem irá se reerguer na carreira.

4 – Para espantar a má fase

Do Bronx atravessa fase delicada no UFC (Foto: Josh Hedges/UFC)

Assim como seu compatriota meio-médio, Charles do Bronx também vive uma fase delicada. Com três derrotas nas últimas quatro lutas, somado ao histórico de problemas de peso, o craque do jiu-jítsu corre sério risco de demissão em caso de um novo revés. A briga com a balança, inclusive, foi determinante para que o brasileiro retornasse ao peso leve.

Número 9 no ranking dos penas, Do Bronx, no Ultimate desde 2010, sempre intercalou entre bons e maus momentos, somando nove resultados positivos e sete negativos, o que lhe rendeu o status de ‘porteiro’ da elite, uma vez que sempre se complicou quando pegou adversários melhores ranqueados. Contra Will Brooks, terá a chance de provar, mais uma vez, que merece estar entre os melhores.

Mas não pense que será fácil. Ex-campeão dos leves do Bellator, Brooks é considerado um lutador completo, eficiente em pé e no chão. Vindo de derrota para Alex Cowboy, o norte-americano também precisa provar seu valor, o que deve render, na teoria, uma luta animada contra o atleta da Chute Boxe São Paulo.

5 – Prospectos em ação

Jury (esq), Usman (centro) e Strickland (dir) lutam no UFC 210 (Foto: UFC)

Além dos quatro destaque acima, há alguns nomes interessantes para ficarmos de olho na porção preliminar, especialmente três deles, sendo que dois duelam entre si.

O primeiro é o prospecto Myles Jury. Participante do TUF 15, o ex-peso leve e agora peso pena fez sua estreia no Ultimate em 2012, com uma finalização sobre Chris Saunders. Em seguida, emplacou mais cinco triunfos, incluindo nomes como Michael Johnson, Diego Sanchez e Takanori Gomi, mantendo-se invicto e 100% na carreira, com 15 vitórias. A boa fase, contudo, foi interrompida com dois tropeços diante de Donald Cerrone e Charles Oliveira. Agora, contra o limitado Mike De La Torre, Jury, aos 28 anos, tentará recuperar o prestígio de outrora.

O duelo meio-médio entre Kamaru Usman e Sean Strickland poderia perfeitamente figurar na porção principal do show, principalmente por se tratar de dois lutadores considerados o futuro da divisão.

Campeão do TUF 21, Usman não sabe o que é perder na companhia. Com quatro vitórias, a mais recente sobre o brasileiro Warlley Alves, o nigeriano rapidamente saiu do anonimato para figurar entre os 15 melhores do mundo até 77kg – está na 11ª posição do ranking. Com atuações dominantes e um porte físico avantajado para o peso, Kamaru segue dando passos largos rumo à elite.

Strickland, por sua vez, já sentiu o gosto amargo da derrota no UFC, porém somente uma vez, o único revés de sua carreira, inclusive. Desde 2014 na franquia, triunfou em cinco das seis vezes que subiu ao octógono, sendo brecado apenas por Santiago Ponzinibbio. Fora do ranking e com um cartel 18-1, o norte-americano de apenas 26 anos sabe que obter sucesso em seu próximo desafio representará um lugar entre os 15 melhores.

Ficha técnica do UFC 210

DATA E HORÁRIO: 08/04/2017, a partir de 19h15 (horário de Brasília)

LOCAL: KeyBank Center, Buffalo, Estados Unidos

TRANSMISSÃO: Canal Combate

CARD PRINCIPAL

Peso meio-pesado: Daniel Cormier x Anthony Johnson

Peso médio: Chris Weidman x Gegard Mousasi

Peso palha: Cynthia Calvillo x Pearl Gonzalez

Peso meio-médio: Thiago Pitbull x Patrick Côté

Peso leve: Will Brooks x Charles do Bronx

CARD PRELIMINAR

Peso pena: Myles Jury x Mike de la Torre

Peso meio-médio: Kamaru Usman x Sean Strickland

Peso pena: Shane Burgos x Charles Rosa

Peso meio-pesado: Patrick Cummins x Jan Blachowicz

Peso leve: Josh Emmett x Desmond Green

Peso leve: Gregor Gillespie x Andrew Holbrook

Peso galo: Katlyn Chookagian x Irene Aldana

Peso mosca: Magomed Bibulatov x Jenel Lausa