Após conquistar o cinturão dos médios invicto, com uma vitória histórica sobre Anderson Silva, Chris Weidman está em má fase na carreira, vindo de duas derrotas consecutivas. Para voltar a vencer, neste sábado (8), no UFC 210, contra Gegard Mousasi, a estratégia do ex-campeão deve ser mais cautelosa. Quem garante é seu principal treinador, Ray Longo, que admitiu que sua equipe “supervalorizou” o norte-americano, e por isso traçaram planos mais ousados nos últimos combates do atleta.
“Se pensar na situação toda, traçamos apenas um caminho a seguir. Mas você não pode continuar indo para cima sempre. Então, talvez, nós o supervalorizamos um pouco. Acho que isso deve ser um mantra e acredito que nós tenhamos que voltar a fazer o que deu certo antes e o que nos trouxe a esse patamar que alcançamos”, comentou Longo ao programa norte-americano The MMA Hour.
Para Longo, as obrigações de um campeão fora do octógono, junto com a crescente família de Weidman, que tem três filhos, podem ter atrapalhado o ex-campeão em suas lutas. O treinador revelou que o ex-campeão queria viajar para ajudar os companheiros de equipe, como Stephen Thompson e Gian Villante, que lutaram em Las Vegas e no Brasil, respectivamente, mas foi “obrigado” a se concentrar em seus próprios treinamentos.
“Quer dizer, a vida te traz um monte de coisas. Você tem família, filhos, um monte de oportunidades de fora do esporte, todo o trabalho, mas nada disso faz dele um cara irritado ou estressado. Então, esses caras têm que administrar bem as coisas para ter também sucesso após sair de cena. Mas, de novo, o nosso mantra tem que ser excluir tudo ao redor e focar apenas no que precisa fazer dentro do octógono. Ele queria ter ido ao Brasil ficar no córner do Gian Villante, queria ajudar na luta do Stephen Thompson, em Las Vegas, mas ele permaneceu treinando e focado”, declarou.