Ao contrário do que muitos imaginavam, a próxima luta de Demian Maia não será pelo título da categoria dos meio-médios. Com duelo marcado contra Jorge Masvidal no UFC 211, dia 13 de maio, em Dallas (EUA), o brasileiro terá que vencer mais um oponente para continuar sua caminhada rumo ao cinturão. No entanto, Maia ressaltou que já passou por essa situação em outras oportunidades, e por isso não está convicto que receberá a oportunidade mesmo em caso de vitória.
“Eu não sei (se o UFC não quer que eu seja o campeão), mas às vezes é muito estranho. Eu me lembro que quando enfrentei Gunnar Nelson estava assistindo a luta entre Robbie Lawler e Carlos Condit e já pensava em ser o próximo. Todos falavam sobre isso, mas eles me colocaram para enfrentar Matt Brown, e depois dessa vitória pensei: ‘Na próxima’, e aí veio o Condit, que venci com boa atuação, e depois o não de novo. Então eu não sei, e com as recentes mudanças na direção da companhia é difícil de entender”, declarou o brasileiro, em entrevista ao programa ‘The MMA Hour’ (EUA).
Em novembro de 2016, em entrevista exclusiva ao Super Lutas, Demian havia declarado que confiava na palavra de Dana White, presidente do UFC, que o garantiu como próximo desafiante da divisão. Agora, embora mantenha o discurso, ressalva que sua maior preocupação é o confronto contra Masvidal.
“Ninguém me disse que é 100% (de certeza lutar pelo cinturão), mas está meio claro. Não sei quem eles poderiam colocar (na minha frente). Está claro para todos que eu serei o próximo desafiante, mas só quero me concentrar na próxima luta. (…) Não posso pensar adiante, mas sim na próxima luta. Não posso considerar essa luta como um treinamento para o próximo combate. Enfrentarei um cara que nocauteou o Donald Cerrone e que é muito duro e com boas habilidades no boxe. Não é fácil encarar um cara como ele”, concluiu.
Aos 39 anos, Demian Maia vem em uma incrível sequência de seis vitórias, três delas por finalização. Sua atuação mais recente foi em agosto e 2016, quando precisou de menos de dois minutos para encaixar um mata-leão em Carlos Condit e liquidar a fatura.