Exclusivo: Após primeira vitória, Tanquinho pede vaga no UFC Fortaleza: ‘Quero muito’

Em entrevista ao SUPER LUTAS, campeão mundial de jiu-jitsu falou sobre planos no UFC e desejo de lutar em Fortaleza e no Rio

Tanquinho vem de vitória no UFC (Foto: Getty Images)

Tanquinho vem de vitória no UFC (Foto: Getty Images)

Aos 33 anos, Augusto Tanquinho está no começo de sua trajetória no UFC, mas isso não impede o campeão mundial de jiu-jítsu de sonhar alto. Depois de conquistar sua primeira vitória na organização, ao bater Frankie Saenz no UFC Phoenix do último domingo (15), o peso galo já quer uma vaga para o evento de Fortaleza, no dia 11 de março, e depois quer realizar um dos seus maiores sonhos: lutar no Rio de Janeiro, sua cidade natal.

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“Pode colocar aí que eu quero uma vaguinha no UFC Fortaleza e depois quero lutar no Rio. Vai ficar apertado para treinar, mas é um sacrifício mais que válido, vai ser a realização de um sonho”, comentou Tanquinho ao SUPER LUTAS.

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Ainda engatinhando na categoria dos galos, o brasileiro pensa em se fixar entre os 15 melhores da divisão em 2017. Para isso, ele pede um adversário ranqueado na próxima luta.

“Eu quero realmente lutar com alguém ranqueado. Aí, dependendo de como eu vencer, da posição dele no ranking, eu já posso até entrar entre os 15 depois dessa vitória”, ponderou.

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SUPER LUTAS: A divisão dos galos é uma das mais disputadas no momento. Como você se encaixa nela e quais são seus objetivos a curto prazo?

Augusto Tanquinho: Acredito que eu ainda estou começando a aparecer na divisão. A luta do UFC Phoenix foi só a minha segunda no UFC, mas sei que posso ir muito longe. Estou me sentindo saudável, não tive nenhuma lesão então meu objetivo agora é lutar o mais rápido possível. Voltar lá para dentro assim que possível.

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SL: Já tem previsão de volta ao octógono? Deseja lutar em algum evento no Brasil?

AT: Nossa, gostaria muito de lutar em Fortaleza. Já podia me botar lá. Pode colocar aí que eu quero uma vaguinha no UFC Fortaleza e depois lutar no Rio. Vai ficar apertado para treinar, mas é um sacrifício mais que válido, vai ser a realização de um sonho. Se não der, quero lutar em março e abril e depois em junho ou julho.

SL: Tem algum nome em mente para desafiar, algum adversário ranqueado?

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AT: Não escolho muito adversário, mas eu quero realmente lutar com alguém ranqueado. Aí, dependendo de como eu vencer, da posição dele no ranking, eu já posso até entrar entre os 15 depois dessa vitória.

SL: Quem você acredita que pode despontar no peso galo nesse ano?

AT: Olha, sinceramente eu acho que pelo próximo ano, o título vai ficar ali no topo. Vai ser aquele monopólio entre o Garbrandt, o Cruz e o Dillashaw. Não vejo isso mudando tão cedo até que o pessoal do segundo pelotão tenha chance de derrotar um desses caras.

Tanquinho confia em treinos com Ben Henderson e lutadores da MMA Lab (FOTO: Reprodução)

Tanquinho confia em treinos com B. Henderson na MMA Lab (FOTO: Reprodução)

SL: Você é oriundo do jiu-jitsu, mas mostrou boa evolução em pé na última luta (balançou o Saenz duas vezes). Pegando esse gancho, fale um pouco como são os treinos na MMA Lab? Você tá dando mais ênfase na trocação? Tem alguma outra área do seu jogo que você acredita que precisa evoluir mais?

AT: De verdade? Eu estou numa academia que me permite treinar muito tudo. É sério, não damos foco a nenhuma área específica. Tem dia que é focado na trocação, outro em queda, tem dia para o jiu-jitsu. Eu ainda treino na minha academia jiu-jitsu puro para não perder o tempo das posições e porque quero manter meu nível de competição para o jiu-jitsu.

SL: A carreira no jiu-jitsu está em pausa definitiva ou pensa em voltar algum dia para a Arte Suave?

AT: Quero muito competir esse ano. Temos vários bons campeonatos. Gostaria de lutar Abu Dhabi, o Mundial e o ADCC. Mas, claro, depende do UFC. Se me oferecerem boas lutas perto desses eventos, vou priorizar minha carreira no MMA. Eu quero lutar em março ou abril e depois junho ou julho também por isso. Dar um gás no MMA nesse primeiro semestre e depois competir bastante jiu-jitsu na segunda metade do ano.

SL: Qual a sua análise do Cody Garbrandt? Vocês se enfrentaram no início do ano passado e como você vê o jogo dele em relação ao resto da divisão?

AT: O Cody é um cara muito duro. Enquanto as pessoas fizerem o jogo dele, ele vai sempre ganhar. É paciente, joga no contra-ataque, tem a mão pesada e acredita muito em si mesmo. Não pode ir para cima com tudo contra ele. Acho que dá para ganhar dele sim, tem que fazer o jogo certo, não pode dar mole um segundo. E também não pode entrar na pilha dele, né…

SL: Quem você acha que pode tirar a coroa do Garbrandt?

AT: O TJ Dillashaw tem tudo para ganhar dele. Eles treinaram muito tempo juntos, então o TJ tem uma visão melhor do que qualquer um da divisão sobre o Cody. Sabe os pontos fortes e fracos, mas vai ter que ser perfeito. Outro cara que poderia vencê-lo é o (Bryan) Caraway, que tem um jogo de grade muito forte. O Raphael Assunção também poderia surpreendê-lo.

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