O peso pesado Cain Velásquez surpreendeu ao revelar um de seus métodos para curar uma lesão nas costas: fazer o uso de canabidiol (CBD), um dos componentes da maconha que tem propriedades medicinais. De acordo com o lutador, que tem luta marcada contra o brasileiro Fabrício Werdum no UFC 207, dia 30 de dezembro, em Las Vegas, o uso da droga, que é feito na forma de um spray oral, é uma das alternativas para ele suportar a dor e não se retirar da luta.
“É a única coisa que me permite continuar treinando, e não estou tomando nenhum analgésico perigoso que possa me viciar posteriormente. Não sei o que todos vão achar depois de eu dizer isso, mas é apenas um dos fatos duros que nós lutadores precisamos encarar. No passado, na NFL (liga profissional de futebol americano dos EUA), os jogadores se viciaram em analgésicos. Não quero ser um tipo de viciado”, argumentou Velásquez, em entrevista ao site ‘ESPN.com’.
O uso da maconha medicinal é permitido na Califórnia, onde Cain treina e reside. A USADA (Agência Antidoping dos EUA), responsável pelo controle antidopagem no UFC, não proíbe o uso de “drogas sociais” fora do período de competição, pois não são consideradas como vantagem ou melhora de perfomance. No entanto, o uso é proibido em uma janela de tempo que vai de seis horas antes da pesagem oficial até seis horas depois da luta.
Cain Velásquez e Fabrício Werdum vão se enfrentar pela segunda vez. Na primeira, em junho de 2015, o brasileiro finalizou o norte-americano e conquistou o cinturão linear da divisão dos pesados. Uma revanche entre eles foi marcada para fevereiro deste ano, mas uma lesão de Cain impossibilitou que o duelo acontecesse.