O Projeto de Lei 5534/2009, que proíbe a transmissão de lutas de MMA pelas emissoras brasileiras, foi discutido na última quinta-feira (1) em Brasília. Contra a aprovação, dois reforços de peso: o ex-campeão do mundo Rodrigo Minotauro, atual embaixador do UFC no Brasil, e o lutador aposentado Carlão Barreto, conhecido também por seu trabalho como comentarista do Canal Combate.
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Em audiência da subcomissão especial criada para analisar o projeto (cujo relator é o ex-judoca João Derly), os dois ex-lutadores conversaram com deputados federais, defendendo o MMA na TV por mais de duas horas.
“Novamente eu reitero que o MMA tem todos os indicativos e ferramentas para que ele seja um esporte de massa, que seja praticado em todo país, obviamente, dentro de um enquadramento, dentro de uma organização, de um olhar técnico, educacional, para que seja feito de uma forma saudável para todos que o praticam”, comentou Carlão Barreto.
Deputado responsável pelo Projeto de Lei, José Mentor, do PT, rebateu, declarando que o MMA não é esporte e reclamando da brutalidade do esporte:
“Ora, não podemos chamar o MMA de segurança física, mental e sensorial, não é possível, se o objetivo é a agressão. Pelo conceito de esporte, o MMA não é esporte. Tive contato com com todas as confederações de artes marciais, e nenhuma delas, exceto o jiu-jitsu, defende o MMA. A filosofia da arte marcial é exatamente o oposto, é o autocontrole, a não agressão, a disciplina, e o MMA é o contrário, é a agressão. Você tem golpes como socos sucessivos, cotoveladas sucessivas, pontapés no rosto… Isso não é arte marcial.”
Veja o vídeo da audiência:
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