Apesar das deserções, a seleção cubana de boxe olímpico espera manter sua tradição nos Jogos de Pequim. O boxe cubano conquistou metade das medalhas de ouro que o país possui na história de todas as Olimpíadas. Mas, 5 medalhas certas para o boxe não fazem mais parte da seleção.
Durante os jogos latinos na Venezuela, em 2006, os campeões olímpicos do boxe Yan Barthelemí, Yuriorkis Gamboa e Odlanier Solís desertaram do país sul-americano rumo à Alemanha, aonde assinaram contrato profissional com a Arena Box-Promotion, e hoje têm tratamento de estrelas. O melhor lutador amador do mundo, Guillermo Rigondeaux e o campeão mundial dos médio-ligeiros Erislandy Lara foram deportados de volta á Cuba depois de uma tentativa sem sucesso de deserção durante o Pan do Rio de Janeiro, no ano passado, e estão impedidos de lutar boxe em seu país natal. É muito provável que nunca mais vejamos nenhum dos dois, muito menos calçando luvas.
O dirigente esportivo José Ramón Fernández em entrevista ao jornal cubano Granma, garante que Cuba poderá se classificar em todas as categorias no pré-olímpico de boxe: “O esporte cubano trabalha e luta para ficar nos mesmos lugares no ranking dos últimos Jogos que participou, ou seja, entre a oitava e a décima colocações.”, disse o dirigente em entrevista traduzida e publicada pela agência Reuters.
É triste saber que o boxe olímpico perdeu quase metade de seu principal time, incluindo o melhor pugilista olímpico do mundo atualmente. Comparando ao futebol, a equipe Olímpica de Cuba seria o Brasil sem 5 titulares, incluindo Kaká, eleito o melhor jogador do mundo atualmente. Mais triste ainda é ver o sistema falido de governo em Cuba impedir o sucesso de seus pugilistas.
É mais preocupante ainda o estado em que Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux podem se encontrar neste momento, simplesmente porque não temos nenhuma informação de como anda a vida deles atualmente. S pudessem tornar-se profissionais, nenhum desses mesmos desertores precisaria fugir de seu país, e poderiam continuar a tradição de Cuba no amadorismo, dando espetáculo no ringue, antes de tentarem a sorte como profissionais.
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