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Werdum volta a reclamar do UFC e põe futuro em xeque: “Não estou feliz”

Werdum não escondeu sua insatisfação com o Ultimate. (Foto: Getty Images)

Werdum não escondeu sua insatisfação com o Ultimate. (Foto: Getty Images)

Ex-campeão peso pesado do UFC, Fabrício Werdum não está nenhum pouco contente com a forma como vem sendo tratado pelo Ultimate. Após reclamar publicamente do acordo da companhia com a Reebok, e posteriormente ser punido com a perca do cargo de comentarista do UFC para a América Latina, o brasileiro voltou a demonstrar insatisfação, colocando em dúvida seu futuro na companhia.

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“No contrato eu ainda tenho quatro ou cinco lutas. No meu futuro o que eu vejo é que vou ser o campeão de novo, né? Isso eu vejo nitidamente. Vou vencer essa luta contra o Cain Velásquez e, depois, me vejo enfrentando novamente o Stipe Miocic. Acabando o contrato, não sei se vou renovar, não tenho certeza. Uma coisa eu digo: eu visto a camisa 100%, seja a de um patrocinador, a do evento, eu sou o tipo de cara que as pessoas podem contar sempre. Porém, quando não há uma reciprocidade, não tem como vestir 100% a camisa da empresa. Quando eu estou feliz, faço de tudo para que as coisas saiam da melhor maneira possível, tem aquela energia, mas quando não estou feliz, e nesse momento não estou nada feliz com a organização, fica difícil de dizer. Estou até meio chateado, depois de todo esse tempo lutando, afinal, me considero um veterano, estou com 39 anos, comecei a lutar um pouco tarde, com 20 anos, mas me sinto um veterano na luta. Vai que eu recebo uma proposta de outro evento quando acabar o contrato, não sei, não posso confirmar nada, porque até agora não teve nenhuma. Quem sabe no futuro, quando acabar o contrato, se eu estiver feliz de novo, se voltar a ser feliz na organização que estou, de repente eu fique, de repente eu vá embora, de repente eu pare, então tem muita coisa para acontecer””, declarou “Vai Cavalo”, em entrevista ao site “Combate.com”.

Fabrício também revelou que sequer foi convidado para o UFC 205, evento que aconteceu em Nova York, mesmo tendo pedido um ingresso para a organização. ““Eu fui para Nova York assistir ao UFC 205 e não tive nenhum convite para o evento, não sei se foi por isso ou não. O meu empresário, o Ali Abdelaziz, ligou para o Ultimate antes da polêmica da foto dizendo que eu queria ser um dos lutadores convidados do evento, mas eles falaram que não, que não tinha mais lugar. Talvez uma coisa não tenha a ver com a outra, mas eu fui no evento com um ingresso comprado pelo meu empresário, não tive nenhuma assessoria no sentido de o UFC nos separar dos fãs ou coisa assim. Querendo ou não, somos pessoas públicas e entrando em um evento de luta a gente acaba causando tumulto ali entre os fãs. Fui como uma pessoa normal, mas não estou reclamando disso. No fim das contas foi legal, porque eu tive um contato com o público e é uma coisa que eu não fazia há muito tempo. Eu não me importo de pagar, era um evento mega disputado, não tem problema se não tinham convite. Mas achei um absurdo de não ter um mínimo de assessoria ali para nos auxiliar. Não me senti bem de estar no evento do qual eu faço parte. Eu luto pelo UFC e ali eu me senti um ninguém, como se fosse uma pessoa que não faz parte daquilo ali”, desabafou o brasileiro.

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Fabrício Werdum retorno ao octógono na revanche contra Cain Velásquez no UFC 207, dia 30 de dezembro, em Las Vegas. Na mesma noite, duas disputas de cinturão acontecerão: na luta principal a peso galo Amanda Nunes coloca seu cinturão em jogo pela primeira vez contra a desafiante Ronda Rousey, que retorna após mais de um ano sem lutar. No segundo combate mais importante do show, o campeão Dominick Cruz enfrenta Cody Garbrandt, em duelo válido pelo título dos galos. Além de Werdum e Nunes, mais três brasileiros estarão em ação: John Lineker, Alex Cowboy e Antônio Cara de Sapato, que enfrentam TJ Dillashaw, Tim Means e Marvin Vettori, respectivamente.

Publicado por
Laerte Viana
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