Ex-campeão dos meio-pesados do UFC, Lyoto Machida considera que a suspensão de 18 meses que recebeu por doping na última semana não levou em conta sua intenção de ‘não trapacear’ no caso.
O brasileiro está impedido de lutar até outubro de 2017 pelo episódio ocorrido em abril. Na ocasião, Lyoto, que se preparava para enfrentar Dan Henderson no UFC Tampa, declarou à Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), parceira oficial do Ultimate, que havia utilizado um produto que continha a substância 7-keto, um agente anabólico.
Em entrevista ao site do canal “Combate”, Machida lamentou que a suspensão tenha sido severa mesmo que ele tenha revelado voluntariamente seu uso. “Não tinha o intuito, de forma alguma, de trapacear. Os caras foram na academia, eu estava treinando, foram me testar e falei que estava tomando isso e aquilo. E logo depois assinei o papel, falei o que tava tomando, não sabia realmente, até porque o 7-keto é vendido nos EUA em qualquer farmácia, loja de suplemento, é normal. Não sabia que era banido, tanto que levei o suplemento para a luta. Será que uma pessoa em sã consciência, sabendo que o negócio era ilegal, levaria para a luta, sabendo que seria testado?”, questionou o brasileiro.
“Não quero enganar ninguém, minha intenção era a melhor possível. Vinha preocupado em não cometer erros, mas cometi um erro, assumo, não prestei atenção. Mas infelizmente acho que a USADA só olhou o erro, não olhou a intenção, o lado da honestidade, de eu falar, de não querer tirar vantagem disso”, continuou o ex-campeão.
Machida terá 39 anos de idade quanto estiver liberado para lutar novamente. Mesmo assim, ele garante que sua motivação segue intacta. “Me sinto muito jovem ainda, rápido, forte, treino muito bem, então acho que ainda tenho uma caminhada pela frente. Quero lutar contra os melhores e lutar pela posição de campeão novamente”, garantiu.
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