MMA tem seu primeiro caso de demência pugilística confirmado

Jordan Parsons (foto) morreu após ser atropelado na Florida. Foto: Bellator

Jordan Parsons (foto) morreu após ser atropelado na Florida. Foto: Bellator

Ainda em época de estudos incipientes a respeito dos danos cerebrais causados em longo prazo em lutas de MMA, uma nova informação pode ligar o sinal de alerta na modalidade. Jordan Parsons, lutador do Bellator que faleceu em maio, vítima de um atropelamento, já apresentava sinais de encefalopatia traumática crônica, popularmente conhecida como demência pugilística.

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Parsons tinha apenas 25 anos de idade e competia no MMA profissional desde 2010, com sua primeira luta amadora realizada dois anos antes. Segundo o jornal norte-americano “Boston Globe”, o lutador foi diagnosticado com o quadro durante sua autópsia, já que foi possível examinar diretamente o tecido cerebral.

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A encefalopatia traumática crônica comumente é causada após danos severos e frequentes na cabeça. De acordo com o médico que analisou o relatório de sua autópsia, o quadro de Parsons não foi desenvolvido com os danos sofridos em seu atropelamento, justamente por se tratar de algo que se desenvolve com o passar dos anos.

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Este é, assim, o primeiro caso detectado em um lutador de MMA que ainda estava em atividade. A doença provoca problemas de memória e de coordenação motora, sobretudo com tremores e dificuldades na fala. O nome “demência pugilística” foi dado de maneira coloquial pelo fato de que vários lutadores de boxe apresentaram o quadro – o caso mais conhecido é de Muhammad Ali.

Contudo, exames mostraram que a encefalopatia traumática crônica também é vista em outros esportes que não sejam de combate, como futebol americano e o pro-wrestling. Tal situação motivou diversos processos de atletas contra as ligas nas últimas décadas.

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Parsons foi atropelado no dia 1º de maio, quando atravessava uma rua pela faixa de pedestres. Um carro atingiu o lutador e fugiu sem prestar socorro. Parsons ficou alguns dias internado, inclusive tendo sua perna amputada, mas não resistiu e veio a falecer três dias depois.

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Publicado por
Bruno Ferreira
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