Ainda em época de estudos incipientes a respeito dos danos cerebrais causados em longo prazo em lutas de MMA, uma nova informação pode ligar o sinal de alerta na modalidade. Jordan Parsons, lutador do Bellator que faleceu em maio, vítima de um atropelamento, já apresentava sinais de encefalopatia traumática crônica, popularmente conhecida como demência pugilística.
Parsons tinha apenas 25 anos de idade e competia no MMA profissional desde 2010, com sua primeira luta amadora realizada dois anos antes. Segundo o jornal norte-americano “Boston Globe”, o lutador foi diagnosticado com o quadro durante sua autópsia, já que foi possível examinar diretamente o tecido cerebral.
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A encefalopatia traumática crônica comumente é causada após danos severos e frequentes na cabeça. De acordo com o médico que analisou o relatório de sua autópsia, o quadro de Parsons não foi desenvolvido com os danos sofridos em seu atropelamento, justamente por se tratar de algo que se desenvolve com o passar dos anos.
Este é, assim, o primeiro caso detectado em um lutador de MMA que ainda estava em atividade. A doença provoca problemas de memória e de coordenação motora, sobretudo com tremores e dificuldades na fala. O nome “demência pugilística” foi dado de maneira coloquial pelo fato de que vários lutadores de boxe apresentaram o quadro – o caso mais conhecido é de Muhammad Ali.
Contudo, exames mostraram que a encefalopatia traumática crônica também é vista em outros esportes que não sejam de combate, como futebol americano e o pro-wrestling. Tal situação motivou diversos processos de atletas contra as ligas nas últimas décadas.
Parsons foi atropelado no dia 1º de maio, quando atravessava uma rua pela faixa de pedestres. Um carro atingiu o lutador e fugiu sem prestar socorro. Parsons ficou alguns dias internado, inclusive tendo sua perna amputada, mas não resistiu e veio a falecer três dias depois.
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