O combate entre os brasileiros Leo Santos e Adriano Martins no UFC 204, evento realizado no último sábado (08), ainda não terminou. O duelo, que vencido por Leo na decisão dividida dos juízes, gerou polêmica quando o juiz Jeff Mullen se ausentou de seu assento por todo o primeiro round e só retornou ao local nos segundos iniciais do segundo assalto. A equipe de Adriano anunciou que irá solicitar a mudança do resultado do embate para ‘No Contest'(sem resultado).
“Tem uns 15s ou 17s que ele não vê a luta, dá tempo de acontecer um knockdown e o cara se levantar. Nós e os atletas, somos exigidos o maior grau de profissionalismo, somos constantemente observados e exigidos a manter o mais alto grau de profissionalismo. Quero saber quem está obrigando esses caras a fazer a mesma coisa. Isso é um absurdo” reclamou Alex Davis, empresário de Adriano, ao site do canal Combate.
O duelo entre os brasileiros seria, inicialmente, o segundo do card preliminar. Porém, na sexta-feira (07), a luta entre Ian Entwistle e Rob Font foi cancelada devido a Entwistle não bater o peso e a luta entre Leo e Adriano foi movida para a abertura do show. Esta mudança repentina pode ter causado confusão entre os juízes designados para o primeiro combate da noite.
Além disso, o árbitro central Kevin Sataki, responsável pelo duelo, também tem sua culpa no problema, já ele não executou o protocolo de verificar se juízes estavam em seus assentos designados.
Diante da tamanha confusão o UFC divulgou um comunicado oficial sobre o incidente explicando o ocorrido. A organização garantiu que irá rever todos os protocolos em eventos onde não existe comissão atlética e ela é responsável pelos julgamentos.
“No evento UFC 204 em 8 de outubro em Manchester, Inglaterra, um juiz não estava na cadeira apropriada de juiz durante o primeiro round da luta Adriano Martins x Leonardo Santos. O juiz Jeff Mullen estava sentado na primeira fileira da área da comissão, e estava observando a luta. Ao reparar que o juiz Mullen não estava em seu assento apropriado ao final do primeiro round, Marc Ratner, Vice-Presidente Sênior de Governo e Assuntos Regulatórios, perguntou a Mullen se ele acreditava que poderia adequadamente pontuar o round de seu ponto de vista. O juiz Mullen confirmou que tinha observado o round inteiro e que ele poderia apropriadamente pontuar o round.
Como resultado, Mullen preencheu seu cartão de pontuação para o primeiro round, e tomou seu assento apropriado de juiz para observar e pontuar os dois rounds remanescentes na luta. Após a conclusão da luta, todos os cartões de pontuação dos três juízes foram contados e a decisão foi anunciada. Apesar de a luta ter resultado numa decisão dividida para Santos, é importante notar que todos os três juízes marcaram o primeiro round 10-9 a favor de Santos. Para garantir que um incidente semelhante não aconteça no futuro, o UFC reviu o seu protocolo para começar todos e quaisquer lutas que ocorrem em territórios que não tenham uma comissão atlética ou federação aplicável”.