Sonnen defende Wand em caso de fuga de exame antidoping: ‘Ele tinha o direito de dizer não’

De forma surpreendente, norte-americano sai em defesa de seu desafeto e critica procedimento adotado pela Comissão de Nevada na época

C. Sonnen (foto) saiu em defesa de Wanderlei. Foto: Josh Hedges/UFC

C. Sonnen (foto) saiu em defesa de Wanderlei. Foto: Josh Hedges/UFC

Chael Sonnen defendeu Wanderlei Silva e afirmou que o rival tinha razão em se recusar a fazer o fatídico exame antidoping surpresa em 2014, o que chegou a custar ao brasileiro um banimento vitalício do esporte.

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Sonnen e Wanderlei se enfrentariam no UFC 175, em maio de 2014. Poucos meses antes, a Comissão Atlética de Nevada, entidade que inspeciona os eventos em Las Vegas (EUA), iniciou a política de realizar testes antidoping fora do período de competição nos lutadores. Wand, na ocasião, se recusou a prestar o exame, o que o fez ser severamente punido pela Comissão em julgamento posterior.

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Em entrevista ao podcast “Joe Rogan Experience”, Sonnen afirmou que o brasileiro tinha motivos muito válidos para não querer ceder suas amostras, especialmente pelo procedimento pouco transparente adotado na ocasião.

“Deixe eu dar o outro lado da história, porque Wanderlei nunca disse. Se ele dissesse, as pessoas ficariam do seu lado. Eu fui o primeiro cara a ser testado nessa nova política de exames. Na época, ninguém sabia o que era isso. Fui o primeiro e Wanderlei seria o segundo. Analisando agora, eu também não deveria ter feito o exame. Eu nem sabia se eles tinham o direito de me testar, e isso é relevante. O cara [coletor do exame] aparecia e não mostrava identificação, e isso é um problema. Depois, ele queria me levar em uma salinha onde eu deveria tirar minha roupa e mostrar meu pênis – porque eles precisam me ver urinando. Isso é uma coisa muito privada. Até hoje não sei porque fiz o exame. Eu recuei e aceitei sua autoridade, mas não sei se deveria. Tive que assinar um monte de papel sem saber direito o que era. E eu falo inglês. Com Wanderlei, além de todos esses fatores, também havia o fato de que ele não o compreendia totalmente. Wanderlei nunca contou totalmente seu lado da história, mas é um ponto de vista completamente justo. Ele tinha o direito de dizer não. E depois o baniram pela vida toda!”, indignou-se o desafeto do brasileiro.

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Devido a toda controvérsia, a luta entre Sonnen e Wanderlei nunca saiu do papel. O brasileiro recorreu da decisão e conseguiu reduzir sua punição, que, assim, acaba em maio do ano que vem.

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