O jejum brasileiro de títulos no UFC durou apenas dois dias. José Aldo voltou a ostentar um cinturão da categoria dos penas do UFC na noite deste sábado (9), no UFC 200. O brasileiro bateu Frankie Edgar na decisão dos juízes para conquistar o título interino da divisão até 66 kg.
Com uma atuação precisa e cirúrgica, Aldo minou o adversário ao longo dos cinco rounds de disputa, conseguindo os melhores golpes e rechaçando as tentativas de queda do rival.
Depois de 25 minutos de ação no octógono, todos os juízes laterais apontaram vitória do brasileiro. Assim, dois dias após a perda do cinturão dos leves de Rafael dos Anjos, o Brasil volta a ter um campeão na principal organização de MMA do planeta.
Ao receber seu novo cinturão, Aldo dedicou a vitória ao seu treinador, André Pederneiras, e mando um recado bastante direto ao campeão linear do peso, Conor McGregor. “Tenho uma única meta, que é bater esse m****. Garanto que, quando a gente lutar de novo, ele não vai ter a sorte da última vez”, comentou.
O primeiro round começou com muito estudo por parte de ambos. Enquanto que Aldo só soltou seu primeiro golpe aos 30s de ação, Edgar caminhava para frente e distribuía chutes baixos. O norte-americano inicialmente tomava mais iniciativa, mas sem conseguir nenhum golpe mais contundente. No fim do round, Aldo vivia melhor comento com um direto limpo no rosto de Edgar, mais algumas joelhadas que pareciam incomodar.
Edgar começou o segundo round novamente caminhando para frente, enquanto que Aldo circulava. O brasileiro parecia esperar pelo melhor momento de golpear, ao passo que Edgar tentava incomodar com volume. O norte-americano tentava agarrar a perna para quedar, porém Aldo interrompia facilmente. Os dois trocam golpes duros no centro do cage sem maiores consequências. Novamente o round termina com o brasileiro acertando os melhores golpes.
Edgar inicia o round atacando, mas Aldo acerta bom contragolpe. Mais uma vez o norte-americano buscava a queda, mas mais uma vez sem chegar perto de conseguir. Na metade o assalto, Edgar consegue bom momento e atinge o rosto do brasileiro. Nos instantes finais, ambos os atletas seguram o ímpeto, sem muitos ataques contundentes.
O quarto assalto vê os dois atletas começando com um ritmo mais lento, com golpes isolados e sem muita sequência. Com três minutos de ação, Aldo se destaca ao acertar boa sequência de mãos, o que obriga o norte-americano a buscar a queda – de novo, sem sucesso. No fim do período, Aldo parecia pegar o tempo o norte-americano, que buscava o ataque, mas sem atingir o brasileiro.
Edgar começa o último round procurando conectar Aldo, possivelmente ciente de que estaria atrás na pontuação. O brasileiro, porém, aparentava tranquilidade, fugindo dos ataques e contragolpeando em momentos precisos. Ao final da luta, Edgar parecia frustrado: seus ataques de mão não incomodavam Aldo, e ele não conseguia chegar perto de levar o brasileiro ao solo.
Ao fim, o brasileiro levou a vitória pela decisão unânime dos juízes laterais, recuperando-se do fantasma da derrota para McGregor em dezembro de 2015.
Vivendo fase complicada na carreira, o que incluiu diversas lesões e a perda do cinturão dos pesados, Cain Velasquez deu a volta por cima ao massacrar Travis Browne ainda no primeiro round.
O ex-campeão dos pesados começou caminhando para a frente e chutando as pernas do namorado de Ronda Rousey. Em determinado momento, Velasquez surpreendeu e disparou um chute rodado na cabeça, o que, seguido de mais alguns socos, derrubaram Browne.
Browne sobreviveu no chão e conseguiu se levantar, mas Velasquez seguiu partindo para cima. Os dois se embolaram e Velasquez foi ao solo em posição de domínio, de modo que bastaram apenas mais alguns golpes para que o árbitro interrompesse as ações.
Foi a primeira vitória de Velasquez no octógono desde outubro de 2013, quando havia derrotado Júnior Cigano na defesa de seu cinturão. Já Browne amarga a quarta derrota de sua carreira.