Um dos assuntos mais polêmicos do último fim de semana teve um final aparentemente feliz. O UFC retirou o banimento dado aos jornalistas do site “MMA Fighting” e voltará a credenciá-los para seus eventos após expulsar a equipe da publicação no UFC 199, no último sábado (4).
Pouco antes da vitória de Michael Bisping sobre Luke Rockhold na atração, a equipe do site – formada pelo repórter Ariel Helwani, a fotógrafa Esther Lin e o editor de vídeo Casey Leydon – foi retirada do ginásio e banida para sempre pelo UFC. A organização ficou irritada pelo fato de que Helwani obteve um furo de reportagem e anunciou o retorno de Brock Lesnar ao UFC antes mesmo do anúncio oficial.
Por mais que a informação de Helwani estivesse correta, o UFC condenou a atitude do repórter. Contudo, o banimento teve repercussão amplamente negativa nos Estados Unidos, o que obrigou a organização a voltar atrás.
“O UFC não irá impedir o MMAFighting.com de receber credenciais de imprensa para cobrir eventos do UFC. Respeitamos o papel da imprensa em nosso esporte, mas, em nossa opinião, acreditamos que as táticas usadas por seu repórter passou dos limites do propósito do jornalismo. Estamos confiantes de que nossa posição foi comunicada de forma adequada à equipe editorial do SB Nation [proprietária do MMA Fighting”, disse a organização, em comunicado.
O “MMA Fighting”, por sua vez, defendeu a postura de Helwani. “Nós apreciamos o fato de que o UFC quis rever sua posição, mas nós respeitosamente discordamos da alegação de que as táticas usadas por Helwani extrapolaram o limite do jornalismo. Nós continuaremos apoiando o trabalho de Helwani e as demais contribuições dos funcionários de nossa equipe”, declarou o site.
Em seu programa semanal, o podcast “The MMA Hour”, Helwani declarou que o UFC se queixou de que a matéria foi publicada sem que a organização tenha sido procurada para dar seu pronunciamento. No entanto, o repórter contou que, em outras oportunidades, o UFC antecipou algum anúncio oficial justamente para evitar seu furo.