Vitor Belfort é um dos maiores críticos do acordo de exclusividade no fornecimento de material esportivo e patrocínio dos lutadores entre Reebok e UFC. Prestes a voltar ao octógono, diante de Ronaldo Jacaré na luta co-principal do UFC 198 em Curitiba (PR), Belfort não perdeu a chance de voltar a reclamar do acordo e das limitações que ele impõe aos atletas.
“Atualmente, o MMA está muito mais entretenimento do que esporte. Não estou satisfeito com a maneira que a organização está conduzindo a parte de patrocínio. Estamos vivendo praticamente uma escravidão. Não podemos usar nossos patrocinadores, forma banidos de usar dentro do octógono. Não temos nem uma propriedade”, disse Vitor, em entrevista ao programa “Sensei SporTV”.
Belfort, um dos mais antigos lutadores do plantel do Ultimate, também garantiu que espera deixar seu legado para o esporte tanto dentro quanto fora do octógono. Espero deixar um legado para que os lutadores comecem a ter uma conscientização da importância de ter um salário mínimo. É um esporte de contato. Não acho justo um cara receber 500 dólares para levar cotovelada na cara. Tem que ter uma aposentadoria, que não existe. Vai ficar para a próxima geração. Conscientização de guardar dinheiro, investir. Saber que a vida do atleta acaba”, assegurou.
Ex-campeão dos meio-pesados do UFC e ex-desafiante ao título dos médios, Vitor Belfort busca uma nova chance pelo título da divisão até 84 kg e para isso enfrentará o compatriota Ronaldo Jacaré na luta co-principal do UFC 198, no próximo sábado (14), em Curitiba (PR). Na luta principal do evento, Fabrício Werdum coloca o cinturão dos pesos pesados em jogo contra o desafiante Stipe Miocic.