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O ditado diz que pouca gente deve sofrer tanto quanto a mãe de um lutador. No entanto, com o crescimento intenso do esporte nos últimos anos, muitos atletas compensam o sofrimento de suas genitoras ao poder realizar, graças à modalidade, seus sonhos mais antigos.
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Além disso, com o crescimento das lutas femininas no UFC, a maior organização de MMA do mundo, muitas mães fazem da luta seu meio de vida para proporcionar aos seus filhos o melhor futuro possível.
Neste dia das mães, o SUPER LUTAS homenageia todas as mamães do mundo do MMA contando histórias envolvendo alguns dos principais personagens do esporte na atualidade.
Neste artigo especial, relembramos casos em que figuras de destaque do MMA retribuíram todo o amor de suas mães através das lutas; além disso, contamos a história de algumas mães lutadoras que literalmente lutam de forma intensa por seus filhos. Confira!
Zingano, a primeira mamãe do UFC
No dia 13 de abril de 2013, Cat Zingano fazia história no UFC mesmo sem perceber: ela se tornava a primeira mãe a subir no octógono e lutar na maior organização de MMA do mundo.
Invicta até então, a lutadora nocauteou Miesha Tate e conquistou o direito de disputar o cinturão contra Ronda Rousey na recém-criada divisão galo feminina do Ultimate.
A luta pelo título aconteceu quase dois anos depois, já que Zingano foi atrapalhada por uma séria lesão no joelho. A vitória não veio, mas a norte-americana sempre deixou clara sua determinação de obter sucesso no MMA para poder proporcionar uma boa educação ao seu filho, o pequeno Brayden. Sua responsabilidade com o menino ficou ainda maior no início de 2014, quando o marido da lutadora, Maurício Zingano, cometeu suicídio.
“Tudo gira em torno de meu filho. Eu só entrei no mundo das lutas como um hobby, para ficar em forma após ter dado à luz. Depois, isso se transformou em uma carreira. É muito importante que ele veja as coisas que eu passo e as metas que eu tenho para que ele trace metas para si mesmo”, diz Zingano, em entrevista ao site oficial do UFC.
“É muito difícil ser uma mãe e uma lutadora ao mesmo tempo. Quando sou uma mãe, sou bastante divertida e brincalhona, mas quando luto, sou o oposto. Eu adoraria que ele assistisse às minhas lutas, mas não dá. Eu me transformo em outra pessoa quando vou lutar”, continuou a lutadora.
Rousey e a forcinha da mamãe campeã mundial
Principal representante do MMA feminino na atualidade, Ronda Rousey somente entrou no mundo das lutas graças à sua mãe. Ann Maria DeMars, campeã mundial de judô, incentivou sua filha a entrar no esporte aos 11 anos de idade como forma de superar a morte do pai, que havia cometido suicídio três anos antes.
Rousey começou a levar os treinamentos a sério e, sempre com sua mãe como conselheira e treinadora, chegou longe nas competições de judô, incluindo uma medalha olímpica em Pequim, em 2008. “Rowdy” migrou para o MMA pouco depois, e mantém até hoje a ligação firme com sua mãe, a quem frequentemente se refere como uma espécie de inspiradora.
McMann: ser mãe ‘dá paz’ à carreira de lutadora
Antiga desafiante pelo cinturão do UFC, Sara McMann admite que ser mãe ajuda na concentração e foco rumo ao sucesso como lutadora no octógono. A norte-americana, também medalhista olímpica, no wrestling, é mãe de Bella, hoje com cinco anos de idade.
De acordo com McMann, a garotinha vê com naturalidade seu trabalho e acaba, de forma involuntária, servindo de incentivo para sua carreira. “Para ela, lutar é aquilo que eu faço. É simples. Eu consigo ficar em paz com minha carreira muito mais facilmente. Eu sei o que estou fazendo e o que eu preciso fazer”, disse.
Contudo, McMann admite que a responsabilidade de mãe torna algumas decisões simples em algo mais complicado. “Como mãe, você nunca sabe se as escolhas que toma são as corretas. É difícil porque não há uma resposta clara para as coisas”, disse a lutadora, que tem um cartel de oito vitórias e duas derrotas no MMA.
Aldo realiza sonho da mãe através das lutas
Se há vários exemplos de mães que lutam duro para realizar os sonhos dos filhos, há também os filhos que se utilizam das lutas para proporcionar um conforto às mães. Ex-campeão dos penas do UFC, José Aldo também usou o dinheiro que ganhou nas lutas para comprar uma casa à sua mãe. Mas a história que guarda com mais carinho foi a prova de que deu à sua mãe de conseguiu realizar seu sonho de ir longe em sua carreira no MMA.
“Quando dei a primeira casa para ela, foi uma coisa muito boa. Ela se emociona quando lembra disso. Mas, a que ela mais gosta, é outra. Desde criança, eu falava para ela que iria morar no Rio de Janeiro, e que iria conhecer o mar. Quando vim ao Rio pela primeira vez, levei a água do mar e a conchinha para ela ver que eu tinha realizado o sonho e que aquilo tudo não era só uma história que eu contava para ela”, lembrou o campeão, em entrevista ao jornal “Lance!”.
Não basta ser mãe, tem que participar
No mundo do MMA, há lutadores que fogem do estereótipo de “durões” e que mostram apego às suas mães em horas inusitadas. É o caso de Chael Sonnen, que, enquanto ainda competia, recebia a ajuda de sua mãe, Claudia, durante os treinamentos.
Isso veio à público durante os preparativos para a aguardada revanche de Sonnen contra Anderson Silva, em julho de 2012. Nos treinos para o combate, Claudia frequentemente aparecia auxiliando seu filho, lhe servindo água e ajudando a calçar as luvas. Infelizmente para eles, Sonnen acabou derrotado por Anderson na revanche, por nocaute técnico.
Mas nenhum caso se iguala ao da mãe do ex-campeão dos leves do UFC Ben Henderson. De origem sul-coreana, Song foi responsável por introduzir o lutador no mundo das artes marciais, inscrevendo o filho em aulas de taekwondo desde jovem.
Porém, dado o sucesso de Henderson no MMA, a própria mãe decidiu iniciar sua trajetória nas lutas, participando de aulas de jiu-jitsu. A brincadeira ficou mais séria quando ela entrou em uma competição sênior em 2013, inclusive ganhando uma medalha de bronze.
“Essa foi a primeira competição de minha mãe. Essa senhora coreana me inspira demais todos os dias! Ela recebeu aplausos de pé e uma medalha de bronze. Ela estava nervosa demais, mas se comportou como uma verdadeira campeã”, comentou o orgulhoso Henderson na época.
Colaboração de Bruno Ferreira
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