Há vezes em que uma notícia ruim pode trazer consequências boas. Essa pode ser a definição do que aconteceu recentemente com Maurício Shogun, que viu uma lesão indesejada ser fator decisivo para definir sua participação na primeira visita do UFC à sua cidade natal, Curitiba, naquele que promete ser o maior evento produzido pela organização no país.
Ex-campeão dos meio-pesados, Shogun enfrentaria também antigo detentor do título Rashad Evans em abril, no UFC Tampa (EUA). Porém, o curitibano sofreu uma inflamação no joelho e teve de ser retirado do combate. Assim, abriu-se a possibilidade de Shogun ser escalado para o UFC 198, em maio, quando enfrentará Corey Anderson em Curitiba.
Mesmo negando que se trate de um “mal que veio para bem”, Shogun admitiu que ficou feliz com o desenrolar dos fatos. “Para o bem nunca é, porque eu estava nos Estados Unidos com a família, de mudança, tive que voltar. Mas lógico que tem o lado bom de lutar na minha cidade. Veio o lado ruim primeiro e depois o lado bom. Mas, quando me machuquei, botei nas mãos de Deus e deu tudo certo. Fiquei muito feliz de entrar nesse card, realmente histórico para o Brasil e, com certeza, vai ser uma alegria estar nesse card, lutando para os meus fãs, família e amigos”, analisou o lutador, em entrevista ao site do canal “Combate”.
Lutando em sua terra natal, diante de aproximadamente 40 mil fãs esperados no estádio da Arena da Baixada, Shogun admite que a pressão será grande em seus ombros. Contudo, ele acredita que isso se trata de algo positivo. “Acho que realmente é uma pressão grande, será um evento grande, mas essa pressão mais aumenta a motivação do que se torna uma pressão contra ele. Mas é claro que esse apoio ajuda bastante o atleta, já que estarei na minha cidade e com meus fãs. Essa luta deu uma repercussão muito grande. Não imaginava que daria tanta, estou muito feliz com isso. Espero ficar bom logo e lutar 100%. Agradeço ao UFC por me colocar neste card, e aos fãs pelo carinho comigo”, completou.
A luta contra Anderson será a primeira de Shogun em Curitiba desde sua participação no Meca 8, em 2003, quando nocauteou Angelo Antônio em menos de um minuto. Aquela era sua segunda luta no MMA profissional.