Desde que estreou no UFC, há mais de sete anos e 19 lutas atrás, Rafael dos Anjos só fez uma aparição em cards brasileiros. A explicação do atual campeão dos leves para sua ausência nos cards em seu país-natal, no entanto, passa longe de sua própria vontade e tem muito mais a ver com questões econômicas. Segundos Dos Anjos, são os altos impostos que o impedem de atuar no Brasil.
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“Adoraria lutar no Rio, no Brasil. É sempre bom sentir a energia da galera aqui. Mas uma coisa que pega muito para lutar aqui são os impostos. A gente tem bastante coisa pra pagar e uma das cosias que me desanima de lutar aqui é isso. São 30% (de desconto) na folha do contracheque. Com esse dinheiro eu posso fazer muita coisa, como pagar meus técnicos e meu empresário. Muita gente não fala, mas acho que uma das coisas que mais pesa é isso. Você não pode lutar pra ganhar só metade da sua bolsa”, disse o brasileiro, em entrevista ao site do canal “ESPN”.
Rafael seguiu explicando as diferenças do cobrança no Brasil e Estados Unidos, que o fazem ter preferência por atuar fora. “Aqui é 30% na folha, no cheque. Você já recebe 30% a menos. Lá é o cheque inteiro e no final do ano você faz as suas deduções, coloca quanto pagou no técnico, nisso e naquilo e tem essa dedução nesse valor. Você tem uma volta. O problema é que aqui você não deduz nada. Você perdeu 30 e perdeu. E lá você tem a dedução”, afirmou.
Rafael dos Anjos volta ao octógono no próximo dia 5 de março, nos Estados Unidos, para a luta principal do UFC 197. A luta principal do evento, que acontece em Las Vegas (EUA), colocará frente a frente o brasileiro e o irlandês Conor McGregor pelo cinturão dos pesos leves.
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