A Encefalopatia Traumática Crônica é uma doença grave que afeta principalmente pessoas que sofreram sucessivos traumas na cabeça ao longo de suas vidas e, por isso, ficou conhecida como “demência pugilística”. Apesar de ser mais comum entre os atletas do boxe, o mal acometeu o ex-lutador do UFC Gary Goodridge que, diagnosticado há cerca de quatro anos, resolveu abrir o jogo sobre as dificuldades que vem enfrentando em um depoimento emocionado.
“Honestamente, eu acredito que, se não fosse pelos remédios que estou tomando, minha vida teria acabado muito tempo atrás. Eu teria tirado a minha vida, absolutamente. Deficiência mental é algo enorme. Me deixou aleijado”, disse Goodridge, em entrevista ao programa “Inside MMA”. “Meus dias são uma droga. Quando eu acordo, sinto vontade de voltar para a cama”, contou.
O ex-lutador chegou a ser questionado se poderia procurar uma atividade para ocupar seu tempo, mas a resposta foi assustadora. “Eu poderia ter um emprego, mas aí eu esqueceria que tenho um emprego”, contou Gary, que foi diagnosticado com um tipo bastante específico de Encefalopatia degenerativa. “Os médicos me dissera: ‘Não melhora. Esse é o melhor que você vai ficar'”, revelou.
Hoje com 49 anos de idade, Gary Goodridge encerrou sua carreira no MMA com 23 vitórias, 22 derrotas e um empate. No UFC, Goodridge foi finalista da oitava edição do evento, em 1996, mas acabou derrotado por Don Frye. O canadense também atuou pelo extinto PRIDE, onde enfrentou alguns dos principais nomes da organização japonesa, como Rodrigo Minotauro, Fedor Emelianenko e Igor Vovchanchyn.