Irmã e biógrafa de Ronda reflete queda da lutadora: ‘Foi um novo começo’

Maria Burns-Ortiz diz que lutadora ‘passou por coisa demais’ e ressalta: ‘Já tive a oportunidade de vê-la se reerguer’

Ronda (foto) perdeu para Holm em novembro. Foto: Josh Hedges/UFC

Ronda (foto) perdeu para Holm em novembro. Foto: Josh Hedges/UFC

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Ronda Rousey viveu um ano de muitas turbulências em 2015. A lutadora norte-americana chegou ao estrelato ao receber vários prêmios, atuar em filmes e vencer duas lutas no UFC, mas termina o ano em baixa com a derrota sofrida para Holly Holm, em novembro, que lhe custou a invencibilidade no MMA e o título no Ultimate.

Depois de meses intensos para a ex-campeã e sua família, Maria Burns-Ortiz, irmã mais velha da lutadora, refletiu todos os acontecimentos que se passaram em 2015. Ela, que é jornalista e escreveu a biografia de Ronda, “Minha Luta, Sua Luta”, produziu uma extensa coluna à revista “Vice”, na qual admite que a irmã “passou por coisa demais” até sofrer a derrota.

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“Foram três lutas em três continentes num espaço de nove meses. Houve a turnê de divulgação do livro, reuniões em Hollywood, scripts para ler, ensaios fotográficos. Capas de várias revistas, de famosas a desconhecidas. Apresentou programa de TV, ganhou prêmios, lançou filmes, treinou para lutas, voou, apareceu em vários programas. Sua imagem esteve em toda a parte – entrevistas, entrevistas, entrevistas. Foi coisa demais. Isso não é uma desculpa, é um fato”, ponderou a jornalista.

Maria relatou que suas principais lembranças do ano são dos momentos que dividiu com Ronda, e não das lutas em si feitas pela irmã. “Celebramos a vitória sobre Cat Zingano, em fevereiro, cantando ‘Parabéns’ em um restaurante. Passamos a semana no Rio na praia, rezando no Cristo Redentor e alimentando macacos depois de seu nocaute sobre Bethe Correia. Lembro mais disso do que das lutas em si. Aí chegamos à Austrália, onde esperávamos que Ronda vencesse – assim como sempre foi e sempre será. Mas ela não venceu. Não assisti à luta novamente e nem li a respeito. Não vejo sentido em reviver o momento em que vi alguém com quem me importo ter sua alma esmagada”, acrescentou.

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Porém, Maria Burns-Ortiz afirmou que a derrota de Ronda em novembro não se trata do capítulo final da trajetória da lutadora – pelo contrário, representará uma oportunidade de ressurgimento. “O mundo viu Ronda cair, mas já tive a oportunidade de vê-la se reerguer. Enquanto que algumas pessoas pensam no 2015 de Ronda por um único momento, eles veem como o fim. Em alguns aspectos, essas pessoas estão certas – mas isso significa que estamos em um novo começo”, completou.

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