Mesmo enfrentando sérias acusações após atacar brutalmente sua ex-namorada, a atriz de filmes pornográficos Christy Mack, o lutador de MMA War Machine parece não estar levando toda a situação a sério. Em audiência preliminar para seu julgamento, o atleta e sua defesa utilizaram uma argumentação controversa, incluindo provocações contra a procuradoria do caso.
No ano passado, War Machine, cujo nome de batismo é Jon Koppenhaver, desferiu sérias agressões contra Christy Mack e um amigo, Corey Thomas, na casa da atriz. O lutador, que teve passagens por UFC e Bellator, agrediu Thomas por dez minutos, até virar suas atenções a Mack. Ela acabou com várias lesões, incluindo fraturas na costela, no rosto e a perda de dentes, mas, antes de ser obrigada a fazer sexo com o lutador, conseguiu fugir e chamar a polícia.
O advogado de War Machine, Brandon Sua, afirmou que o caso não poderia ser considerado um estupro, já que Christy Mack, como atriz pornográfica, supostamente deveria aceitar este tipo de sexo violento. “Essa profissão indica que há o desejo, a preferência e a aceitabilidade em relação a uma forma particular de sexo que seja fora da norma”, disse a defesa.
A procuradora do caso, Jaqueline Bluth, rebateu ao afirmar que uma coisa não possui relação com outra. “O fato de ela ter consentido esses atos durante sua vida profissional não significa que ele está autorizado a fazer o que quiser com ela. Você não pode tirar essa conclusão”, argumentou.
Depois disso, houve um momento incomum: Bluth relatou um momento de provocação por parte de War Machine. “Juiz, para deixar registrado, o sr. Koppenhaver acabou de mandar um beijo para mim. Não inventaria uma coisa dessas, e acho isso ofensivo”, declarou.
War Machine segue preso nos Estados Unidos e terá de responder a 34 acusações, incluindo duas por tentativa de homicídio, roubo e agressão sexual. Aos 33 anos de idade, ele, que chegou a tentar suicídio na cadeia, poderá pegar prisão perpétua caso seja condenado.
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