Há alguns meses, a notícia divulgada por um site norte-americano graças a um e-mail enviado por engano de que o UFC teria omitido o fato de que que Vitor Belfort havia sido flagrado em exame antidoping antes da luta contra Jon Jones para preservar o evento caiu como uma bomba no meio do MMA. Após diversas repercussões, o episódio havia perdido força nos últimos tempos. Até agora. Isso porque o próprio Jon Jones resolveu quebrar o silêncio e confirmou que a organização teria ciência de que o brasileiro, supostamente, estaria fazendo uso de esteroides.
“O Vitor Belfort usou esteroides quando ele lutou comigo. O UFC estava bastante ciente disso, bem antes da luta. Eles não o penalizaram por isso. Eles deixaram ele lutar comigo sabendo que eu estaria lutando contra um cara fazendo uso de esteroides, o que é um risco à minha vida. O que você faria?”, disse Jones, em entrevista ao jornalista Ariel Helwani, do site norte-americano “MMA Fighting”.
Jones, aliás, lembrou que sua desconfiança teve início logo na semana da luta. “Na idade que ele estava e naquele ponto da carreira, eu me lembro de olhar para o abdome dele na pesagem e eu fiquei assim ‘cara, eu sou muitos anos mais novo que você e você parece bem mais rígido e trincado que eu’. E eu sabia que eu tinha treinado muito duro naquela preparação”, contou.
O ex-campeão, que teve problemas de relacionamento com a organização após se negar a enfrentar Chael Sonnen de última hora no UFC 151 (que acabou sendo cancelado), até reconheceu sua responsabilidade pelos atos passados, mas não isentou a organização de culpa. “Eu gostaria de ter sido mais um ‘funcionário padrão’ e ter feito as coisas direito, mas, ao mesmo tempo, eu venho sendo usado por eles diversas vezes. É, assim… É duro de ver de onde estou. Eu só espero que os fãs estejam cientes de algumas das tramoias que eles fazem as vezes”, concluiu.
Recentemente, Vitor disse não acreditar que o episódio pudesse manchar seu legado e defendeu-se das acusações. ““Estava começando meu tratamento (com o TRT) e tinha uma aprovação do meu médico e com o UFC, então eles precisavam de alguém para aceitar a luta. Me ofereci, compartilhei todos os meus exames e um se tornou público. Acho que divulgaram algo particular, mas foi tudo aprovado”, declarou o lutador, no início de novembro, em entrevista ao programa norte-americano “Inside MMA”.
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