No atual cenário de tensão política no Brasil, como já ficou claro em eventos como a Copa das Confederações e Copa do Mundo, os palcos esportivos deixaram de ser apenas espaços para diversão pura e simples, e, por sua visibilidade e poder de penetração social, passaram a receber diversas manifestações políticas. O mais recente exemplo disso foi o UFC São Paulo, realizado no último sábado (07) na capital paulista, e que foi marcado pelos discursos majoritariamente contra o governo federal.
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O principal nome a encabeçar o coro das críticas ao governo foi Vitor Belfort, protagonista da luta principal da noite. “Quero agradecer a todos os brasileiros que ficaram nesta madrugada me assistindo no meio dessa crise e dessa corrupção que têm que acabar. Fora, governo corrupto! Queria agradecer a todos vocês, todos vocês! Consciência, Brasil!”, disse o “Fenômeno”, ainda no octógono, logo após nocautear o veterano Dan Henderson.
Quem também não perdeu a oportunidade de expressar sua insatisfação foi Thiago Tavares, que soltou o verbo depois de vencer de forma rápida o veterano Clay Guida, ainda no card preliminar. “Estou muito feliz em representar meu Brasil, que sofre tanto com a desgraça dessa política atual, essa realidade que vivemos”, disparou o lutador, que nas últimas eleições foi candidato a Deputado Estadual de Santa Catarina pelo PCdoB, mas nacabou não sendo eleito.
Além disso, as manifestações da torcida contra a presidente Dilma, com gritos e ofensas como já ocorreu em jogos de futebol e até mesmo em outros eventos do UFC, também voltaram a se repetir. A grande diferença desta vez, no entanto, é que logo após foi possível ouvir também algumas vaias ecoando no ginásio. O que não ficou claro, no entanto, é se a repreensão foi direcionada aos xingamentos ou às lutas que aconteciam no momento.
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