Não deu nem para a saída. Mal soou o gongo na segunda luta do card principal do UFC Fight Night 75 e Diego Brandão, único representante tupiniquim no evento, já conectava um golpe duríssimo que levou o japonês Katsunori Kikono à lona. Ainda desnorteado pela pancada, Kikuno até tentou resistir, mas foi atropelado por Brandão, que não diminuiu o ritmo e conseguiu o nocaute com apenas 28 segundos.
Com o direto de direita, Brandão conseguiu o knockdown sobre Kikuno logo de cara. No ground and pound, o brasileiro ficou muito perto de encerrar o combate, mas o japonês conseguiu se levantar. Mas o esboço de reação foi inútil e ele acabou cedendo à segunda saraivada de golpes de Diego.
“Eu queria agradecer pela oportunidade de fazer essa luta. O que eu fiz foi manter a pressão sempre, ele é um cara perigoso e eu tive que entrar bem lateralmente para poder evitar o jogo dele. Mas, no fim das contas, essa foi só mais uma luta, eu vou voltar para treinar e em breve o Diego Brandão estará de volta”, disse o brasileiro, em entrevista ao comentarista oficial Jon Anik, ainda no octógono.
Com o triunfo, Diego Brandão ampliou seu cartel profissional para 20 vitórias e 10 derrotas. O brasileiro, campeão do The Ultimate Fighter 14, chegou a duas vitórias consecutivas no octógono.
O reality show “Road do UFC Japan”, torneio com oito lutadores que garante um contrato com a maior organização de MMA do planeta ao vencedor, aos moldes do tradicional The Ultimate Fighter, não chamou muito a atenção no ocidente e foi transmitido sem muito alarde. Porém, na luta que abriu o card principal da noite no UFC Fight Night 75, os japoneses Teruto Ishihara e Mizuto Hirota deixaram uma boa impressão e protagonizaram um combate movimentado.
Apesar dos bons momentos durante os 15 minutos regulamentares, o duelo terminou em um anticlímax e tanto, já que um jurado deu vitória para Ishihara, outro para Hirota e o terceiro viu a luta como empate, portanto o duelo teve “empate dividido” como resultado oficial. Desta forma, não só a luta ficou sem um vencedor como o reality show Road to UFC: Japan.
O presidente do UFC Dana White foi rapidamente às redes sociais criticar a atuação os oficiais responsáveis pelo evento, que deveriam ter instruído os atletas a permanecerem no octógono para um quarto e decisivo round. Jornalistas presentes à Saitama Super Arena relataram que alguns juízes chamaram o assalto de desempate, mas a convocação não foi atendida.
Josh Barnett venceu Roy Nelson em decisão unânime dos juízes (48×47, 48×47 e 50 x 45);
Uriah Hall venceu Gegard Mousasi por nocaute técnico (chute rodado, joelhada voadora e socos) aos 25s do R2;
Kyoji Horiguchi venceu Chico Camus em decisão unânime dos juízes (30×27, 30×27 e 30×27);
Takeya Mizugaki venceu George Roop em decisão unânime dos juízes (29×28, 29×28 e 29×28);
Diego Brandão venceu Katsunori Kikuno por nocaute técnico (socos) aos 28 segundos do R1;
Mizuto Hirota empatou com Teruto Ishihara na decisão dos juízes (29×98, 28×29 e 29×29);
CARD PRELIMINAR
Keita Nakamura venceu Li Jingliang por finalização com um mata-leão aos 2m17s do R3;
Nick Hein venceu Yusuke Kasuya em decisão unânime dos juízes (29×28, 30×27 e 30×27);
Kajan Johnson venceu Naoyuki Kotani em decisão unânime dos juízes (29×28, 29×28 e 30×27);
Shinsho Anzai derrotou Roger Zapata por nocaute técnico (interrupção médica por fratura na mão) aos 47s do R3;