Uma reportagem pode colocar Vitor Belfort e o UFC novamente no centro das polêmicas sobre doping no MMA. O site norte-americano “Deadspin” revelou que o brasileiro apresentou um exame irregular poucos dias antes da luta que fez contra Jon Jones, em 2012, e ainda assim foi liberado para o combate, o qual acabou perdendo por finalização.
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No dia 1º de setembro de 2012, ou seja, exatas três semanas antes da luta, Belfort forneceu amostras ao laboratório LabCorp, de Las Vegas (EUA). O resultado apontou que o lutador continha alto nível de testosterona livre, com 41,7 picogramas por mililitros – sendo que, segundo o mesmo exame, o máximo permitido para um homem de sua idade é 25,1 pg/mL.
No entanto, o exame acabou sendo espalhado por engano pelo UFC, que enviou os resultados por e-mail a um grupo de 29 lutadores, empresários e treinadores. Dias depois, o executivo jurídico da organização enviou uma outra mensagem ao grupo pedindo para que o tal e-mail fosse imediatamente apagado, já que continha informações pessoais sobre Belfort.
A reportagem do “Deadspin” tentou ouvir do UFC os motivos de o lutador ainda assim ser liberado para lutar, mas não obteve retorno. Belfort também foi procurado, mas não se manifestou.
Timothy Trainor, conselheiro médico da Comissão Atlética de Nevada, que regulamenta todos os eventos de MMA realizados em Las Vegas, afirmou que uma pessoa normal não deveria apresentar os resultados vistos no exame de Belfort. “Isso não seria aceitável. Se algum desses níveis estivesse acima do normal, deveria ser um sinal de alerta”, afirmou. O UFC 152, no qual Belfort perdeu para Jones, aconteceu em Toronto, no Canadá, fora da jurisdição da Comissão de Nevada.
Belfort possui retrospecto controverso quando o assunto é exames antidoping. O lutador foi flagrado em um teste em 2006, pouco depois de perder para Dan Henderson, quando teve detectada em seu organismo a substância 4-hidroxitestosterona, um esteroide anabolizante.
Já em fevereiro de 2014, Belfort apresentou níveis de testosterona acima do permitido em um teste surpresa da Comissão de Nevada, enquanto tentava liberação para lutar contra Chris Weidman. Na época, o lutador era adepto da TRT (terapia de reposição de testosterona), algo que acabou banido do MMA pouco depois.
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