A audiência que julgou o caso de doping de Anderson Silva, realizada na última quinta-feira (13), deu muito o que falar. Com uma argumentação considerada “inconsistente” pelos comissários de Nevada, o brasileiro acabou pegando uma suspensão de um ano, mais uma multa de US$ 380 mil e a perda da vitória sobre Nick Diaz, em janeiro.
Em sua defesa, Anderson alegou que os anabolizantes com os quais havia sido flagrado estavam presentes em um estimulante sexual que ingeriu após ganhá-lo de presente de um amigo que mora na Tailândia. O brasileiro, mesmo constrangido com o assunto, não foi poupado na audiência, recebendo a punição máxima.
O grande rival da carreira de “Spider”, Chael Sonnen, já sentiu na pele o que é ter problemas com a entidade norte-americana. O ex-lutador, inclusive, recebeu uma punição pesada da mesma Comissão Atlética de Nevada por ter falhado em uma série de exames antidoping antes da luta que faria contra Wanderlei Silva em julho do ano passado.
Sonnen deu sua opinião sobre o caso de Anderson à emissora norte-americana “ESPN”, e mostrou não entender a estratégia utilizada pela defesa do brasileiro. “A defesa dele foi muito boba e ridícula. Eu até agora não sei por que ele precisou trazer tudo aquilo à tona. Aqueles testes são a prova de bala. Encontraram a substância em seu corpo e é isso, fim da história. O porquê de terem encontrado no seu sistema é simplesmente irrelevante”, comentou. “Os caras que ficam nessa posição – e eu falo isso por experiência própria – gostam de contar uma grande história e mostrar por que aquilo estava em seu corpo. Mas é um teste positivo. Você tomou e competiu. Você descumpriu as regras.”
Assim, Anderson, de 40 anos de idade, estará liberado para competir novamente só em fevereiro de 2016, sendo que, para receber a licença para lutar, deverá apresentar um exame antidoping negativo.