Após meses de ansiedade pelo encontro entre Anderson Silva e a Comissão Atlética de Nevada (NSAC), o ex-campeão do UFC finalmente ficou frente a frente com o órgão regulamentador e o resultado foi uma suspensão de um ano para o atleta por seus casos de doping.
Apesar de toda a seriedade da reunião da NSAC e do tema abordado, o julgamento ficou marcado por uma série de cenas surreais, que pareciam extraídas de uma comédia pastelão, como uma série de problemas com a tradução da audiência ou mesmo a dificuldade nos comissários para entenderem o nome do amigo que teria oferecido o suposto estimulante sexual contaminado a Anderson. Por isso, o SUPER LUTAS separou as principais gafes do julgamento, que durou mais de duas horas.
Um dos assuntos mais polêmicos de toda a discussão foi o fato da defesa de Anderson ter sido baseada no fato do Spider ter feito uso de um remédio estimulante sexual, análogo ao “viagra” ou “Cialis”, que por sua vez estaria contaminado com as substâncias encontradas nos exames antidoping. Ao ser interpelado sobre o tema, Anderson primeiro disse que não falaria do assunto por ser um “assunto pessoal” e teve dificuldades para explicar a razão de não ter procurado um médico para conseguir a receita para o medicamento.
Como Anderson não é fluente em inglês, a tradução de suas declarações foi um problema constante durante a sessão. Inicialmente, foi convocada uma tradutora, que aparentemente bastante insegura, não agradou à equipe do lutador e criou uma polêmica se o Spider estaria ou não invocando a quinta emenda da Constituição norte-americana, que garante o direito a se negar a produzir provas contra si mesmo. Porém, a alternativa encontrada foi substituí-la por Ed Soares, que também é empresário do atleta. Ed, por sua vez, incluiu diversos trechos nas traduções das declarações de Anderson. Por fim, a tradutora que já havia sido retirada do posto foi novamente chamada e ainda disse que o lutador alterou seu discurso entre as duas respostas.
Outro momento, no mínimo, curioso da audiência foi o esclarecimento do nome do amigo que teria oferecido o tal estimulante sexual líquido no pote azul vindo da Tailândia para Anderson Silva. O Spider disse que o nome era “Marcos Fernandes”, mas o que se viu a seguir foi praticamente uma eliminatória do programa “Soletrando”.
Mas, apesar de todas as gafes listadas, uma pessoa não identificada com seu celular roubou a cena durante a audiência. Em momentos de absoluta tensão durante a sessão, o tal engraçadinho colocou músicas com mensagens de duplo sentido ironizando a situação, como: “It wasn’t me” (“Não fui eu”, na tradução), do cantor Shaggy; “Let’s Talk About Sex” (“Vamos falar de sexo”), e Salt-N-Pepa; e Bump n’ Grind (uma expressão popular para relação sexual ou a insinuação da mesma) de R. Kelly.