Não foi a mesma grande luta que marcou o GP dos médios do PRIDE em 2005 e entrou para a história do MMA, mas a revanche entre Maurício Shogun e Rogério Minotouro teve bastante emoção e dividiu opiniões entre os fãs presentes à HSBC Arena, para o UFC 190.
Como na primeira vez em que se enfrentaram, Shogun começou em desvantagem, sofrendo um duro knockdown e ficando muito próximo de perder por nocaute, mas conseguiu a virada e ficou com a vitória na decisão dos juízes.
O resultado, no entanto, não agradou boa parte dos torcedores presentes ao ginásio para o evento, já nas primeiras horas deste domingo (02), e dividiu o público entre aplausos e vaias – os últimos, em clara maioria.
Com o triunfo, Shogun pôs fim a uma sequência de duas derrotas consecutivas, as duas no Brasil, e voltou a vencer no Ultimate após mais de um ano e meio.
No início da luta, Shogun assumiu rapidamente o controle do centro do octógono e acompanhou a movimentação de Minotouro. Até o último minuto da primeira parcial, era o ex-campeão quem dominava as ações e colocava mais golpes. Isso mudou, no entanto, quando Minotouro acertou um duro golpe no rival, que ficou visivelmente abalado. Após este bom momento, o duelo ganhou em emoção e os segundos finais foram marcados pela trocação franca e boas chances para ambos os lados.
No início da segunda parcial, Shogun surpreendeu Minotouro e colocou o adversário pra baixo logo de cara. Com a posição de superioridade no solo, Maurício também aproveitou para decansar, enquanto pontuava e conectava alguns golpes no ground and pound. A estratégia parece ter surtido efeito e o curitibano conseguiu bons golpes na linha de cintura para garantir a vantagem na parcial.
No terceiro e último assalto, Minotouro voltou melhor, mas Shogun rapidamente equilibrou as ações. Após passarem boa parte do round na trocação, Shogun tentou a queda, mas deixou o pescoço exposto, possibilitando a tentativa de uma guilhotina para Minotouro. Exausto, no entanto, Rogério acabou desistindo da posição e terminou a luta sofrendo golpes do rival por cima.
A luta começou a mil por hora e Dileno acertou uma sequência dura na linha de cintura. Rapidamente, Reginaldo respondeu com uma tentativa de guilhotina, que não ameaçou o atleta do Time Shogun. Logo em seguida, foi a vez de Dileno tentar encaixar duas guilhotinas seguidas no rival, mas também sem sucesso. Mais cansado, Dileno acabou levando a pior na reta final, sofrendo duros golpes.
Na segunda e terceira etapas, ambos os lutadores perderam ritmo, devido a grande intensidade dos cinco minutos iniciais. Mesmo assim, o duelo não perdeu emoção e foi marcado pela disputa acirrada e alternância de domínio entre os finalistas até o último segundo.
Ao final do confronto, Reginaldo Vieira foi declarado vencedor em decisão unânime dos juízes. Com isso, o atleta, que havia sido eliminado nas quartas de final do reality show e só voltou graças a uma chance na repescagem garantiu o título para a equipe de Nogueira (antiga equipe de Anderson Silva).
Se sobrou emoção na decisão dos pesos galos do TUF Brasil 4, a decisão entre os leves teve uma história bastante diferente. Com um ritmo bastante lento desde o início do combate, Glaico França e Fernando Açougueiro fizeram um combate morno que foi resolvido somente na reta final.
Com a vantagem nas parciais iniciais, Glaico soube resiste à pressão de Açougueiro, pegar as costas do atleta da Nova União e finalizar com um mata-leão faltando apenas 14 segundos para o fim do terceiro assalto. Com o triunfo, “Nego”, como é conhecido, empatou a contagem de títulos em um a um entre os times Shogun e Minotouro.
Maurício Shogun derrotou Rogério Minotouro em decisão unânime.
Glaico França derrotou Fernando Açougueiro por finalização no R3;
Reginaldo Vieira derrotou Dileno Lopes na decisão unânime dos juízes;
Stefan Struve derrotou Rodrigo Minotauro na decisão unânime dos juízes;
Antônio Pezão derrotou Soa Palelei por nocaute técnico no R2;
Cláudia Gadelha derrotou Jessica Aguilar na decisão unânime dos juízes;
CARD PRELIMINAR
Demian Maia derrotou Neil Magny por finalização no R2;
Patrick Cummins derrotou Rafael Feijão por nocaute técnico no R3;
Warlley Alves derrotou Nordine Taleb por finalização no R2;
Iuri Marajó derrotou Leandro Brodinho na decisão unânime dos juízes;
Vitor Miranda derrotou Clint Hester por nocaute técnico no R2;
Guido Cannetti derrotou Hugo Wolverine na decisão unânime dos juízes