Após quase seis meses de muita especulação, pouca informação e diversos adiamentos da audiência disciplinar na Comissão Atlética de Nevada, o caso de doping de Anderson Silva, flagrado em dois exames antes e depois da luta contra Nick Diaz no UFC 183, pode sofrer uma grande reviravolta e o Spider pode terminar até mesmo inocentado.
Pelo menos é isso o que garante o site norte-americano “BJPenn”, de propriedade do ex-campeão havaiano do Ultimate. Segundo a publicação, que se baseou no depoimento do jornalista de MMA e bodybuilding Larry Pepe, um dos exames nos quais Anderson foi flagrado teve uma segunda amostra, colhida no mesmo momento da original, enviada a outro laboratório e o resultado foi negativo. Diante disso, a defesa do Spider alegaria inconsistência nos resultados para pedir a diminuição da pena do atleta ou, quem sabe, até mesmo sua absolvição.
“Uma fonte me informou que há conflito nos resultados do exame feito no dia da luta. O teste feito pelo laboratório SMRTL (Sports Medicine Research and Testing Laboratory) foi positivo, mas o Laboratório Quest fez um exame em uma amostra coletada na mesma noite e Anderson testou negativo. A amostra B da SMRTL está sendo testada, mas os resultados ainda não foram divulgados. De qualquer forma, eu acredito que a equipe de Anderson Silva vai usar a inconsistência dos resultados dos dois laboratórios para desqualificar o teste positivo do SMRTL, além de citar um outro exame no qual ele testou negativo do dia 19 de janeiro, na audiência junto à Comissão Atlética, sob alegação de que os resultados não são confiáveis ou, outra alternativa, que sua sentença seja reduzida”, disse Larry.
O SMRTL é uma laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (WADA) e já esteve envolvido em outras polêmicas com resultados de testes distintos com o Laboratório Quest. O caso mais recente foi o de Nick Diaz, também visando o UFC 183, que viu sua mesma amostra testar tanto positivo, no Quest, quanto negativo, no SMRTL, para maconha. Além disso, o Laboratório Quest foi um dos pivôs da polêmica envolvendo o veterano Cung Le, flagrado no antidoping e suspenso por 12 meses, mas inocentando pouco depois devido a problemas na execução dos testes.
Apesar da intitulada “inconsistência nos resultados” do exame pós-luta de Anderson Silva, este não foi o único teste no qual o brasileiro foi flagrado. No dia 9 de janeiro, cerca de três semanas antes do UFC 183, Anderson foi submetido a um exame surpresa e testou positivo para esteroides anabolizantes. Os resultados, porém, demoraram a ser divulgados, e o caso só veio a público nos dias que sucederam a vitória do Spider sobre Nick Diaz.
Atualmente, Anderson Silva está suspenso temporariamente pela Comissão Atlética de Nevada, após ser flagrado duas vezes em exames antidoping pelo uso de esteroides anabolizantes e ansiolíticos, antes e depois do UFC 183. Recentemente, o Spider pediu novo adiamento para a audiência disciplinar que vai definir o seu futuro, e agora deve enfrentar o julgamento somente em agosto.
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