A gaúcha Giovana Kreitchamnn Cavalcanti é uma jovem apaixonada por boxe, esporte que pratica há sete anos. No entanto, sua luta atual não acontece em cima dos ringues, contra uma oponente de mesmo peso e tamanho. Ela enfrenta, desde 2012, um raro câncer, cujo tratamento é de difícil acesso e que pode custar, no total, aproximadamente R$ 250 mil.
Giovana luta contra um carcinoma mioepitelial de parótida, um tumor localizado na glândula salivar. Apesar de a doença ser, em tese, de baixo grau de malignidade, ela acabou se mostrando agressiva no caso da gaúcha, espalhando-se por seu organismo.
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“Quando percebi que o tumor era maligno, fiz, em julho de 2012, uma cirurgia sua retirada total. Mas, quando fiz o PET/CT [uma tomografia de mapeamento do organismo], que todo paciente de câncer faz, vi que já havia metástase pulmonar. Meu tumor primário já havia se espalhado pelo corpo”, conta Giovana ao SUPER LUTAS. “Chegamos a pesquisar sobre isso para ver um protocolo de quimioterapia correto, mas não conseguimos. Não existe um caso semelhante ao meu, nem mesmo um tratamento específico para ele”, continuou.
Assim, Giovana segue fazendo diversos tipos de quimioterapia, mas vê em um novo tratamento a chance de cura: a imunoterapia, que vem sendo apontada como a mais eficaz para tratar tumores em locais como fígado, pescoço e pulmão.
A grande dificuldade para a gaúcha é a questão financeira. O remédio que pretende utilizar, o Nivolumab, só é disponibilizado nos Estados Unidos, e sua dose pode custar US$ 24 mil. “Este tratamento não existe no Brasil, porque é muito novo. Então, estou pedindo ao meu médico para trazer para cá. É uma chance. Pode dar muito certo, como tem dado com diversos pacientes, como pode não dar certo. É o mesmo que aconteceu com as quimioterapias: algumas foram muito eficazes, fez a doença regredir um pouco, mas outras não obtive resposta. É um tratamento às cegas, e temos que tentar”, explica.
O sonho de Giovana é, logo após sua cura, retornar a praticar boxe, o que não consegue fazer no momento devido a sua baixa resistência física. “Amo boxe de paixão. Sempre foi a minha vida, sempre estive ligada ao esporte. Gostaria muito de ter levado isso adiante, de ter lutado profissionalmente, mas é uma pena que tudo isso tenha acontecido”, comenta a gaúcha, que, inclusive, já teve a honra de dividir o ringue com o ex-campeão mundial de boxe Acelino Popó Freitas.
Popó estava de passagem pela academia onde Giovana treina, em Porto Alegre (RS), quando a oportunidade apareceu. “Eu era a única menina da academia que era forte o bastante para ir para o ringue, e aí me perguntaram se eu queria ir para o ringue com ele. Falei ‘com certeza! Vamos dar a cara a tapa!’. Nos demos muito bem”, relembra.
Para poder calçar novamente as luvas, Giovana lançou a campanha “Gi – Nocauteando o Câncer”, com a intenção de arrecadar fundos para o tratamento que precisa realizar.
“Qualquer ajuda é válida, qualquer arrecadação. Quero seguir na luta, quero mostrar que o câncer tem cura e que eu vou sair dessa. Estou com muita força de vontade para lutar. Não vou desistir enquanto eu não me curar. Não vou desistir nunca e não vou baixar a guarda”, disse Giovana.
Até o momento, a gaúcha já conseguiu levantar R$ 117 mil. Para contribuir com a campanha, basta entrar em sua página ou por meio da conta bancária de Giovana:
Banco Itaú
Agência: 4056
Conta-corrente: 127469
CPF: 02457934028
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