Volta e meia, a condição física de atletas veteranos levanta suspeitas e põe em polvorosa a comunidade do MMA. No ano passado, uma fotografia do vietnamita Cung Le, de 42 anos, foi alvo de grande polêmica. Desta vez, o alvo da controvérsia é ainda mais experiente: o ex-campeão do UFC Ken Shamrock, de 51 anos.
As suspeitas de que Shamrock, que vai voltar aos ringues no próximo dia 19 de junho contra Kimbo Slice no Bellator 138, estaria fazendo uso de substâncias ilegais começaram a surgir depois que o veteraníssimo atleta, que foi finalista da primeira edição do UFC em 1993, divulgou uma foto em seu Twitter na qual aparece com muita massa muscular e extremamente vascularizado.
Ao site norte-americano “MMA Fighting”, Shamrock também não contribuiu muito para a diminuição dos rumores, ao se declarar favorável ao uso regulamentado de drogas para aumento de desempenho (PEDs) no MMA. “A melhor maneira que eu poderia descrever isso é que seria como colocar gasolina de carros normais em um carro de corrida. Ajudaria, mas não permitiria que desempenhasse seu nível máximo”, declarou.
Apesar das suspeitas, tanto Shamrock quanto Kimbo Slice foram aprovados nos exames antidoping surpresa realizado antes do Bellator 138, segundo informou a própria organização e a Comissão Atlética do Missouri, responsável pela regulamentação do card.
Aos 51 anos, Ken Shamrock tem um cartel no MMA de 28 vitórias, 15 derrotas e dois empates. O “Homem mais perigoso do mundo”, como é conhecido, foi campeão “superfight” do UFC – um título sem limite de peso que existiu durante um breve período nos primeiros anos da organização, cujo detentor era desafiado pelos vencedores dos torneios seguintes. Shamrock não lutava desde 2010, quando foi derrotado por Mike Bourke, após sofrer uma lesão no joelho.