Belfort admite afobação em derrota para Weidman: ‘Se esperasse um pouquinho, nocautearia’

Brasileiro reconhece superioridade de rival, mas diz: ‘Não é porque o Brasil levou 7 a 1 da Alemanha, que vai tomar sempre’

Belfort (foto), recordes à vista e curiosidades também fora do octógono. Foto: Josh Hedges/UFC

Belfort (foto) diz já ter superado derrota para Weidman. Foto: Josh Hedges/UFC

Poucos dias depois de uma das lutas mais importantes de sua carreira, Vitor Belfort aparentemente já deixou tudo para trás. O brasileiro afirmou que já superou a frustração pela derrota diante de Chris Weidman, no último sábado (23), e que sabe exatamente o que fez de errado durante a luta.

O “Fenômeno” chegou a atingir golpes em Weidman, mas logo em seguida foi quedado e montado. O campeão aproveitou o momento para concluir com a luta com golpes no chão, conquistando o nocaute técnico ainda no primeiro round. Para Belfort, seu maior erro durante a luta foi não ter se utilizado de sua experiência, já que “queimou todos seus cartuchos” quando atingiu o norte-americano.

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“Foi a noite dele. Foi um momento de tristeza, mas já vivi tudo isso. Eu gastei muita coisa ali. Se eu desse um passo atrás, esperasse um pouquinho, tenho certeza de que nocautearia. Ele é duro na parte de solo, foi o dia dele. Fui com muita sede ao pote. Deveria ter aproveitado a minha experiência”, analisou Belfort, em entrevista coletiva dada no Rio de Janeiro. “Foi um ano e meio de muita espera. Quando vi o momento, tenho instinto matador. Fiquei seis horas estudando cada detalhe, de cada momento. A vitória estava ali, ela chegou, mas, de repente, foi embora.”

Sobre um lance específico da luta, quando Weidman tenta a queda e Belfort defende, o brasileiro revelou ter agravado uma lesão que já carregava consigo. “No meu caso, quando faço a primeira defesa de queda, em vez de soltar a perna, tentei não chutar a cara dele, e sim, a barriga, pois ele tinha colocado a mão no chão. Foi quando ele segurou a minha perna. Eu caí com o meu ombro, que já estava meio lesionado, e ele saiu do lugar”, explicou Belfort, que afirmou que o ombro somente se deslocou, o que não necessita de um procedimento cirúrgico.

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Apesar da derrota, Vitor confia que o resultado poderá ser diferente caso ele e Weidman se encontrem novamente no octógono. “Não é porque o Brasil levou 7 a 1 da Alemanha, que vai tomar sempre. Foi um dia ruim, não significa que o futebol brasileiro é inferior ao alemão. No esporte temos que passar por cima de algumas coisas e falar ‘vamos para a próxima’”, comentou.

Belfort se diz pronto para “ir para próxima”, e, como símbolo da nova fase, mostrou um novo corte de cabelo. Em vez do velho moicano, ele está com o cabelo quase que totalmente raspado, com exceção de um pequeno rabo de cavalo atrás, com tranças, o que define como “corte samurai”. “A fase do moicano passou. Eu olhei para o cabeleireiro e pedi para tirar tudo, deixar só atrás, igual ao último samurai. Para dar continuidade em algo, na minha cabeça, é preciso surgir novas coisas, novas ideias, um novo momento. É uma coisa minha, interna. Agora, vamos para as férias e ver no que isso vai trazer. Foi o momento em que senti que era para fazer. Vamos enterrar essa semente e germinar bons frutos”, filosofou.

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