Bryce Mitchell defendeu Hitler e questionou Holocausto meses antes de luta com Jean Silva no UFC 314

Episódios polêmicos ressurgiram às vésperas do duelo após declarações envolvendo judeus, LGBTQIA+ e teorias negacionistas

Bryce Mitchell UFC. Foto Reprodução Twitter @bryanmitchell

Bryce Mitchell UFC. Foto Reprodução Twitter @bryanmitchell

Adversário de Jean Silva no UFC 314, evento realizado no próximo sábado (12), Bryce Mitchell gerou revolta internacional ao defender Adolf Hitler, negar o Holocausto e proferir comentários antissemitas e homofóbicos em seu podcast no ‘YouTube’. A polêmica, que se estendeu por meses, colocou a organização em xeque e transformou uma luta no octógono em um embate simbólico contra a disseminação de discursos de ódio. Entenda como tudo começou!

No primeiro episódio do ‘ArkanSanity Podcast’, lançado em janeiro, o lutador de 30 anos surpreendeu ao afirmar que Hitler era ‘um cara bom’ com base em ‘pesquisa própria’, distante do que chamou de ‘doutrinação educacional pública’.

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Jean Silva Bryce Mitchell

Mitchell teria argumentado que o líder nazista lutou pelo país e buscou ‘purificar a Alemanha expulsando judeus gananciosos’, além de associar a comunidade LGBTQIAPN+ à ‘destruição da nação’. Em seguida, também questionou a existência do Holocausto:

“Quando você percebe que não havia como cremar seis milhões de corpos, entende que o Holocausto não é real”, disse na ocasião.

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Dana White não gostou…

Dana White classificou os comentários como ‘a coisa mais burra e ignorante’ que já ouviu. Questionado sobre o assunto em coletiva de imprensa do UFC, o presidente da organização reprovou o tema, mas manteve a política de não punir lutadores por opiniões pessoais.

“Hitler tentou eliminar uma raça inteira. Qualquer um que defenda isso é um idiota. É liberdade de expressão. Quem odeia Mitchell pode vê-lo apanhar diante do mundo todo”, argumentou o ‘chefão’.

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Bryce Mitchell se justificou… ou não!

Sob pressão, Mitchell publicou um texto no Instagram. A mensagem, porém, foi considerada vaga. Críticos apontaram a ausência de retratação específica sobre homofobia e antissemitismo. A desconfiança aumentou quando se descobriu que, no mesmo podcast, o lutador havia associado a cirurgia de redesignação de gênero à Alemanha pré-nazista e defendido campos de internamento para japoneses nos EUA durante a Segunda Guerra.

“Peço desculpas se soei insensível. Muitos morreram no Holocausto, e Hitler fez coisas ruins. Não sou nazista”, escreveu o lutador.

A primeira aparição pública de Mitchell após a polêmica ocorreu em março, durante a coletiva do UFC 314. O norte-americano foi recebido com vaias e o coro “Fod*-se Bryce Mitchell”, liderado pelo brasileiro Jean Silva. O adversário, que o enfrenta no próximo sábado (12), exibiu um globo terrestre para ironizar as teorias da Terra plana do norte-americano.

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Não era a primeira vez que Bryce chamava atenção por opiniões controversas. O lutador, que se declara apoiador de Donald Trump, já negou a existência da gravidade, acusou a NASA de ocultar o formato da Terra e defendeu que o vírus da Covid-19 foi criado em laboratório.

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