Brandon Moreno nasceu em Tijuana, no México. Foto: Instagram/UFC.
Faltam menos de dois dias para o UFC desembarcar no México. O evento, que conta como luta principal o duelo entre os pesos moscas (até 56,7kg.) Brandon Moreno e Steve Erceg, acontece neste sábado (29) na Arena CDMX, na Cidade do México.
Existem poucos lutadores do México que alcançaram o ouro no UFC. Moreno foi o primeiro atleta nascido no país da América Central a levar para casa um título e não foi o último. Dois anos após ele conquistar o cinturão dos moscas sobre o brasileiro Deiveson Figueiredo, mais campeões foram coroados. Em 2023, o México chegou a ter três campeões no UFC.
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Yair Rodriguez conquistou o cinturão interino dos pesos penas no UFC 284. Foto: Reprodução/Instagram @ufc
Lutando contra Chihuahua, no México, Yair Rodriguez estava a uma vitória de se tornar um campeão indiscutível. O vencedor do ‘The Ultimate Fighter Latin America’ começou sua carreira no UFC com um cartel de oito vitórias e um ‘no contest’, antes de não conseguir vencer Max Holloway em uma luta competitiva.
Rodriguez finalmente se recuperou com duas vitórias por nocaute sobre Brian Ortega e Josh Emmett, conquistando o título interino dos penas (até 65,7kg.) na mesma noite em que o então campeão Alexander Volkanovski desafiou, sem sucesso, Islam Mahachev pelo título dos leves (até 70,3kg.).
Rodriguez, que mede 1,80m de altura, foi um grande teste para Volkanovski, porém, no terceiro round, o striker foi derrubado e finalizado com socos no UFC 276.
Rodriguez tem vitórias sobre Brian Ortega, Josh Emmett, The Korean Zombie, Dan Hooker e BJ Penn. ‘El Pantera’ tem nove bônus de performance em suas 10 vitórias – empatado com Brandon Moreno em mais vitórias como um lutador nascido no México.
Alexa Grasso em pesagem pelo UFC. Foto: Reprodução UFC
Alexa Grasso é a primeira e única lutadora a derrotar Valentina Shevchenko na divisão peso mosca feminino do UFC. Vencer a atual campeã por si só já é difícil o suficiente, basta perguntar à ex-campeã de duas divisões Amanda Nunes, que foi até o fim com ‘Bullet’ nas duas vezes. Mas Alexa Grasso conseguiu o aparentemente impossível no UFC 285 quando ficou cara a cara com a lutadora do Quirguistão e atual rainha peso por peso.
No round 4 da luta pelo título, Grasso segurou as costas de Shevchenko depois que ela girou. Ela encaixou um mata-leão, apertando o máximo que pôde até Shevchenko bater.
Grasso levantou a mão na revanche, porém, não foi uma vitória, mas um empate dividido em uma luta no ‘Noche UFC’. Shevchenko não deixou dúvidas na trilogia, derrubando Grasso no UFC 306 em setembro do ano passado.
Você pode ficar um pouco surpreso que Brandon Moreno não seja o número um da lista, considerando que ele é ‘A Estrela Mexicana’ no MMA. Mas aos 31 anos e sem defesas de título bem sucedidas, ele ainda tem trabalho a ser feito.
No entanto, ninguém nega que Moreno teve uma carreira incrível no UFC. ‘The Assassin Baby’ venceu Deiveson Figueiredo e Kai Kara-France (ambos duas vezes), junto com os principais concorrentes Amir Albazi, Brandon Royval e Jussier Formiga.
Com uma vitória sobre Steve Erceg neste fim de semana na luta principal do UFC México, o lutador de Tijuana entraria para a história como o atleta mexicano do UFC com mais vitórias (11).
Moreno tem três derrotas (incluindo exibição) para o atual campeão Alexandre Pantoja, esperando um dia se tornar tricampeão pelo México.
Henry Cejudo é ex-campeão duplo do UFC. Foto: Reprodução/Instagram
Henry Cejudo não é exatamente alguém que representa a bandeira mexicana, tendo representado os EUA nas Olimpíadas de 2008, mas talvez a herança do ex-campeão seja mostrada na maneira como ele luta. Uma derrota por nocaute técnico para Demetrious Johnson em sua primeira luta pelo título em 2015 não impediu Cejudo de perseguir o ouro do UFC, só o deixou com mais fome.
Cejudo voltou com força total em 2017, em uma sequência de seis lutas nas divisões peso mosca e peso galo (até 61,2kg.). O ex-campeão destronou um dos maiores lutadores de todos os tempos, Demetrious Johnson, em 2018, e depois defendeu o título contra TJ Dillashaw em 32 segundos.
No peso galo, Cejudo perseverou em sua luta contra um perigoso Marlon Moraes, superando adversidades iniciais para se tornar um campeão simultâneo de duas divisões. Coberto de sangue, Cejudo se aposentou no topo após nocautear Dominick Cruz em 2020.
Cejudo desafiou a si mesmo contra o então campeão Aljamain Sterling, o atual campeão Merab Dvalishvili e o principal desafiante Song Yadong em seu retorno não tão bem sucedido após uma paralisação de três anos.
Cain Velasquez fez história no UFC (Foto: Reprodução Facebook Cain Velasquez)
Na década de 2010, o homem mais malvado do planeta tinha raízes mexicanas. Cain Velasquez representa seu ‘Orgulho Marrom’ com uma tatuagem no peito, exibindo o ‘coração mexicano’ no octógono.
Lutador de San Jose, Califórnia, Cain Velasquez derrotou uma série de adversários pesos pesados (até 120,2kg.) duríssimos em seu auge. Os feitos de Velasquez incluem derrotar um Brock Lesnar de 120,2kg no primeiro round, vitórias repetidas sobre Junior Cigano e Antonio ‘Bigfoot’ Silva.
Velasquez ainda mantém o maior reinado de todos os tempos pelo título dos pesados, com 896 dias – algo digno de nota para Jon Jones, que pode acabar quebrando o recorde.
Velasquez teve um histórico de 12 vitórias e três derrotas no UFC e sua luta final foi contra o poderoso Francis Ngannou, em 2019. Ganhando, perdendo ou empatando, poucos lutadores personificam o espírito de luta mexicano como Cain Velasquez.
Recentemente, Velasquez foi condenado a cinco anos de prisão pelo tiroteio de 2022, quando tentou contra a vida de um homem que supostamente cometeu abuso sexual infantil contra seu filho.
